STF põe na mira emendas de Calero: suspeita de superfaturamento milionário em obras
STF suspende emendas de Calero por superfaturamento

Eis que o Supremo resolveu puxar o freio de arrumação — e que arrumação! O ministro Dias Toffoli, num daqueles movimentos que fazem Brasília tremer, suspendeu de vez as tais emendas parlamentares do ex-deputado Marcelo Calero. A quantia? Nada menos que R$ 19,6 milhões. A justificativa? Cheirou mal, muito mal.

Parece que a coisa começou com uma investigação da Polícia Federal, que descobriu — pasmem — indícios sólidos de superfaturamento em obras financiadas com essas verbas. Não é novidade pra ninguém, mas sempre choca quando aparece com nomes e números.

O que exatamente foi suspenso?

Toffoli não fez por menos: bloqueou a execução orçamentária e financeira de cinco emendas de relator-geral do Orçamento. Calero, que hoje é secretário de Cultura do Rio, teria destinado verbas a… prefeituras. Só que, segundo a PF, parte desse dinheiro sumiu em contratos superfaturados. Conveniente, não?

E olha só o timing: a decisão saiu num feriado prolongado. Coincidência? A gente sabe que não.

O papel do Ministério Público

O MPF — sempre ele — pediu a suspensão. Alegou risco de dano irreparável ao erário. Traduzindo: se o dinheiro continuar saindo, some de vez. Toffoli comprou a ideia. E ainda deu uma dura, dizendo que é preciso "preservar a utilidade da investigação". Ou seja: não dá pra deixar rolar enquanto apura.

Não é a primeira vez que Calero aparece no noticiário por maracutaias. O homem já foi ministro do Turismo de Temer, saiu com barulho… e agora isso. O que me faz pensar: será que algum dia a gente vai ver um final diferente?

E as prefeituras?

As cidades beneficiadas — ou seriam prejudicadas? — são Itaguaí, Seropédica e Paraty. Todas no Rio. A PF suspeita que o esquema envolvia empresas fantasmas e notas frias. Clássico.

Toffoli deu 10 dias pra União, Estados e municípios se manifestarem. Até lá, o dinheiro fica congelado. E o Calero? Até agora, silêncio. Mas duvido que fique quieto por muito tempo.

O que isso tudo significa? Mais um capítulo na novela interminável de corrupção no Brasil. E uma demonstração clara de que, pelo menos às vezes, a Justiça ainda funciona. Mas confesso: fico com um pé atrás. Até quando?