
O clima em Brasília está tenso — e não é só por causa do frio atípico deste inverno. A Procuradoria-Geral da República (PGR) soltou o verbo e pediu a condenação de figuras conhecidas do governo anterior. Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, estão na mira.
Segundo a acusação, que parece ter vindo direto de um roteiro de suspense político, os réus teriam participado de uma verdadeira "orquestração" para alterar dados no sistema de vacinação durante a pandemia. A coisa é séria: falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação e obstrução de Justiça são alguns dos crimes listados.
O que diz a PGR?
Os procuradores não mediram palavras. No documento de 80 páginas — sim, você leu certo, oitenta —, argumentam que houve um "esquema organizado" para fraudar registros de vacinação contra COVID-19. E olha que detalhe curioso: segundo a acusação, tudo teria sido feito para beneficiar o então presidente.
Não foi um trabalho amador. A PGR garante que os acusados agiram de forma "coordenada e sistemática", como se estivessem seguindo um manual de como burlar o sistema. Braga Netto, por exemplo, teria usado sua posição no Ministério da Defesa para facilitar o acesso ao sistema do SUS.
E as provas?
Aqui a coisa fica interessante. Os procuradores afirmam ter:
- Mensagens trocadas entre os envolvidos (aquele clássico "vaza tudo pelo WhatsApp")
- Registros de acessos ao sistema em horários suspeitos
- Depoimentos de testemunhas que colocam os réus no centro da trama
E tem mais: Mauro Cid, que já está preso em outro caso, teria sido o "operador" principal da suposta fraude. O cara estava em tudo, segundo a acusação — como aqueles personagens centrais de série que aparecem em todas as cenas importantes.
E agora?
O juiz responsável pelo caso vai analisar o pedido da PGR. Se aceitar a denúncia, começa o julgamento propriamente dito. Enquanto isso, os advogados de defesa já começaram a se mexer — dizem que as acusações são "infundadas" e "políticas".
Uma coisa é certa: esse caso promete dar o que falar nos próximos meses. E você, o que acha? Será que vamos ver mais um capítulo dessa novela política que parece não ter fim?