
O que acontece quando alguém promete colaborar, mas deixa informações cruciais de fora? O caso de Mauro Cid — aquele ex-assessor militar de Jair Bolsonaro que virou nome frequente nos noticiários — está dando o que falar de novo. Dessa vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) soltou um parecer que, digamos, não foi nada gentil.
Ao analisar o pedido de delação premiada do ex-militar, a PGR foi direta: Cid omitiu dados relevantes. E olha que não foi pouco. Segundo os procuradores, ele pulou detalhes que poderiam ser essenciais para as investigações. Resultado? A proposta de redução da pena foi quase simbólica: apenas 13%.
Os números que falam por si
Para quem não lembra, o ex-assessor está envolvido em várias investigações — desde o caso das joias até supostas irregularidades em documentos oficiais. A delação dele era esperada como uma peça-chave, mas parece que a expectativa não se concretizou. A PGR deixou claro:
- Não houve colaboração efetiva;
- Informações foram retidas;
- O desconto na pena reflete isso.
E aí, será que vale a pena? A redução de 13% é uma das menores já vistas em acordos desse tipo. Para você ter ideia, em casos de colaboração real, os descontos podem chegar a 70%. A diferença é brutal.
O jogo político por trás dos panos
Não dá para ignorar o timing. O parecer da PGR chega em um momento delicado para aliados de Bolsonaro, com várias investigações avançando. Alguns juristas já comentam que a proposta é um recado claro: ou se colabora de verdade, ou o benefício é mínimo.
E tem mais: fontes próximas ao caso dizem que a defesa de Cid pode contestar. Afinal, 13% é quase um insulto — ou pelo menos é o que alguns advogados estão murmurando nos corredores do fórum.
Enquanto isso, o ex-assessor segue aguardando. Será que ele vai aceitar o acordo ou vai arriscar um jogo mais longo? Bom, pelo visto, a Justiça não está com muita paciência para meias-palavras.