
A Polícia Federal (PF) divulgou nesta terça-feira (18) provas contundentes que ligam o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, a um esquema de vigilância ilegal e produção de dossiês contra adversários políticos durante o governo de Jair Bolsonaro.
Operação da PF expõe esquema de espionagem
De acordo com os investigadores, Ramagem teria usado softwares de monitoramento, como o FirstMile, para rastrear ilegalmente autoridades como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e jornalistas críticos ao governo anterior.
Como funcionava o esquema
- Uso de tecnologia israelense para rastrear celulares sem autorização judicial
- Criação de relatórios sigilosos sobre a vida pessoal e profissional de alvos
- Articulação com agentes públicos para obtenção de dados privilegiados
Repercussão política
O caso já causa forte impacto no cenário político brasileiro, com pedidos de cassação do mandato de Ramagem, hoje deputado federal. Especialistas apontam que as investigações podem revelar mais nomes envolvidos no esquema.
A PF afirma que continuará as investigações para apurar a extensão total da operação e identificar todos os envolvidos. O Ministério Público já estuda novas medidas judiciais com base nas provas coletadas.