UFPI Inaugura Sala de Apoio a Vítimas de Violência em Homenagem a Janaína Bezerra
UFPI inaugura sala de apoio a vítimas de violência

Era mais um dia comum no campus da Universidade Federal do Piauí, mas algo profundamente especial estava prestes a acontecer. Na última quarta-feira, 28 de agosto, a UFPI deu um passo gigantesco no apoio às vítimas de violência – e fez isso com um toque de humanidade que merece ser celebrado.

Imagine um lugar onde o silêncio é quebrado pela empatia. O novo espaço, batizado como Sala Janaína Bezerra, não é apenas mais uma sala – é um refúgio. Um porto seguro para estudantes, professores e técnicos que enfrentaram situações de violência. E olha, a localização não poderia ser mais estratégica: bem no coração do Campus Ministro Petrônio Portella, na capital Teresina.

Um Legado de Coragem

Janaína Bezerra não era uma mulher qualquer. Professora dedicada do Departamento de Fundamentos da Educação, ela deixou marcas profundas na universidade – e sua história trágica serviu de catalisador para essa importante conquista. Assassinada brutalmente em 2017 pelo próprio ex-companheiro, Janaína se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica.

"Ela merece essa homenagem", comenta uma colega de departamento, com voz emocionada. "Janaína era daquelas pessoas que iluminavam o ambiente. Transformar sua dor em apoio para outros é a melhor forma de honrar sua memória."

Muito Mais que Quatro Paredes

O que oferece exatamente este espaço? Ah, vai muito além do que você pode imaginar:

  • Acolhimento psicológico especializado – porque algumas feridas não são visíveis a olho nu
  • Orientação jurídica para navegar pelo complexo sistema legal
  • Suporte social para reconstruir vidas fragmentadas pela violência
  • Um ambiente discretíssimo, garantindo total privacidade aos atendidos

E tem mais: a sala funcionará como central de encaminhamentos para redes de proteção externas, criando uma verdadeira teia de apoio.

Um Marco na História da Universidade

Durante a cerimônia de inauguração, o reitor Gildásio Guedes não escondeu o orgulho. "Esta sala representa nosso compromisso irrenunciável com o bem-estar da comunidade universitária", declarou, com aquela convicção que só quem vive a causa realmente tem.

Vale destacar que a iniciativa nasceu de demandas antigas dos movimentos feministas dentro da universidade. Demorou, mas chegou. E chegou para ficar.

Para a professora Leda Maria, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade, a sala significa "um antes e um depois no tratamento das violências na UFPI". Ela acrescenta: "Finalmente temos um espaço dedicado exclusivamente a escutar, acolher e orientar de forma integrada".

Ah, e detalhe importante: o atendimento será realizado por uma equipe multidisciplinar treinada especificamente para lidar com casos de violência – porque algumas situações exigem muito mais que boa vontade.

Enquanto isso, nos corredores da universidade, a notícia foi recebida com esperança. "Saber que existe um lugar assim aqui dentro me dá mais segurança", compartilha uma aluna do curso de Direito que preferiu não se identificar. "Às vezes a gente precisa de ajuda mas não sabe onde buscar."

A Sala Janaína Bezerra não é apenas uma conquista institucional – é um farol aceso na sometimes tempestuosa jornada acadêmica. Um lembrete potente de que nenhuma violência deve ser silenciada, e que toda vítima merece ser ouvida.

Que venham outras iniciativas como esta! Afinal, combater a violência exige mais que discursos – ex ação, coragem e espaços concretos de acolhimento.