
O clima político esquentou de vez nesta sexta-feira (18) com aquele rebuliço que só medida judicial polêmica é capaz de causar. De um lado, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro batendo o pé. Do outro, a oposição afiando os dentes — e não é pra menos.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o uso da tornozeleira eletrônica pelo ex-mandatário virou o prato principal do almoço político. E olha que o cardápio tá cheio de tempero forte.
Juristas em campo minado
"Isso aqui não cola nem com supercola", disparou o líder da oposição no Senado, com aquela cara de quem tomou café azedo. Segundo ele, a medida "cheira a perseguição" e "não se sustenta em nenhum artigo do código penal".
Mas calma lá que a coisa não é tão preto no branco assim. Dois pesos, duas medidas? Talvez. O fato é que:
- O dispositivo foi imposto após análise de supostos riscos à ordem pública
- Bolsonaro segue respondendo a múltiplos processos judiciais
- A defesa alega "excesso de zelo" por parte da Justiça
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera já dividiu o país em dois times — e olha que o jogo nem começou direito. De um lado, os que acham a medida "tarde demais". Do outro, quem vê "teatro jurídico" pra inglês ver.
O que dizem os especialistas?
Conversamos com três juristas de peso — e pasmem: as opiniões são tão diferentes quanto samba e heavy metal. Tem quem defenda a decisão como "preventiva e necessária". Outros torcem o nariz e falam em "jurisprudência frágil".
"Quando a lei vira arma política, todo mundo perde", filosofou um constitucionalista que preferiu não se identificar. Já um penalista foi direto ao ponto: "Se fosse Zé Ninguém, já estaria atrás das grades".
Enquanto a discussão esquenta, uma coisa é certa: essa novela ainda vai dar muito pano pra manga. E o Brasil? Bem, o Brasil segue dividido entre a cruz e a espada — ou melhor, entre a tornozeleira e o habeas corpus.