Numa decisão que pegou muitos de surpresa — ou nem tanto —, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de liberdade do hacker Walter Delgatti. O cara que ficou famoso por invadir celulares de autoridades durante a Operação Lava Jato continua na cadeia. E olha que a defesa dele tentou de tudo, hein?
Pra quem não lembra (ou tá fingindo que esqueceu), Delgatti foi preso em 2019 depois que vazou mensagens de procuradores e até do ex-juiz Sergio Moro. O caso virou um verdadeiro vespeiro político, com gente dos dois lados brigando feito torcida organizada em clássico de futebol.
O que diz a decisão?
Moraes foi categórico: "Não há elementos novos que justifiquem a revisão da prisão". Traduzindo pra português claro: "Fica aí mesmo, meu filho". O ministro ainda soltou uma pérola jurídica que dá até arrepio: "A prática de crimes digitais contra instituições democráticas não pode ser tratada com benevolência".
Detalhe curioso: a defesa alegou que o hacker já cumpriu boa parte da pena e que não representa mais perigo. Mas o STF não comprou essa ideia — parece que a memória daquela crise institucional ainda dói no plenário.
E agora, José?
Com essa negativa, Delgatti vai continuar respirando o mesmo ar que seus colegas de cela. A não ser que a defesa consiga algum milagre jurídico (e no Brasil, sabemos que milagres acontecem), ele só deve ver a luz do sol como homem livre lá pra 2026.
Enquanto isso, o caso segue alimentando debates acalorados. De um lado, os que veem nele um mártir da liberdade de informação. Do outro, quem o considera um criminoso que colocou em risco investigações importantes. E no meio? Bom, no meio fica a Justiça, tentando navegar nesse mar revolto sem cair no conto do vigário.
