Eis que a Justiça resolveu dar uma pausa no rolo compressor que vinha atropelando o ex-prefeito do Rio. Numa daquelas reviravoltas dignas de novela das nove, um juiz — desses que ainda acreditam em presunção de inocência — concedeu liminar suspendendo a ação penal contra Marcelo Crivella.
Parece que o processo, que já vinha esquentando os tribunais desde aquela trapalhada toda com as licitações da prefeitura, vai ter que esperar um pouco mais. O magistrado, num daqueles textos jurídicos que só quem é do ramo entende direito, alegou "vícios processuais" na denúncia. Traduzindo: a turma do Ministério Público fez corpo mole na hora de escrever a acusação.
O que isso muda na prática?
Bom, pra começar, Crivella pode respirar aliviado — pelo menos por enquanto. A decisão não é definitiva (ninguém segure a respiração), mas dá um fôlego pro ex-prefeito enquanto a defesa prepara seus argumentos. E olha, tem advogado que já tá comparando isso aqui com um "ponto fora da curva" no jogo político carioca.
Detalhe curioso: o juiz não só suspendeu a ação como ainda deu um puxão de orelha no MP. Segundo ele, faltou "rigor técnico" na peça acusatória — o que, em linguagem de boteco, significa que jogaram as cartas na mesa sem organizar direito o baralho.
E agora, José?
O Ministério Público já avisou que vai recorrer (óbvio, né?). Enquanto isso, o processo fica num limbo jurídico — aquela zona cinzenta onde tudo pode acontecer. Crivella, por sua vez, deve aproveitar o respiro pra fortalecer sua defesa.
Ah, e tem mais: essa decisão pode criar um precedente chato pra outras ações parecidas. Já imaginou se todo mundo começa a pedir revisão por "vícios processuais"? Vai ser o caos na Justiça — ou melhor, mais caos do que já é.
No meio dessa bagunça toda, uma coisa é certa: a política carioca nunca decepciona quem gosta de um bom drama. Fiquem ligados que essa novela ainda vai dar capítulos.
