
O clima no Palácio da Justiça estava pesado como tarde de temporal quando o ex-militar conhecido como Kid Preto soltou a bomba. Entre suspiros e pausas calculadas, ele deixou escapar o que muitos já desconfiavam, mas ninguém tinha coragem de dizer abertamente.
"Moraes não era só um espectador, era o arquiteto", confessou o réu, com uma voz que mais parecia um sussurro rouco de quem carrega segredos pesados demais. As palavras ecoaram na sala abafada como um trovão em dia de céu azul.
O quebra-cabeças do 8 de janeiro
Segundo fontes que acompanharam o depoimento - e que pediram anonimato porque, bem, você sabe como é - o ex-militar pintou um cenário digno de roteiro de thriller político. O ministro do Supremo, na narrativa apresentada, teria sido "o fio condutor" que ligava grupos aparentemente desconexos.
Não foi um erro de roteiro, mas sim um plano cuidadosamente orquestrado. Pelo menos é o que sugere o depoimento de 47 páginas que está fazendo barulho nos corredores do poder.
- Reuniões sigilosas em locais inusitados (um café orgânico em Brasília? Sério?)
- Mensagens codificadas trocadas em grupos de WhatsApp com nomes ridículos
- Um calendário de ações que coincidia estranhamente com agendas oficiais
"Quando ele falou sobre os encontros no jardim botânico, até o escrivão levantou a sobrancelha", contou um dos presentes, em off. A cena seria cômica se não fosse trágica.
O elefante na sala
O que mais chocou os investigadores - e aqui eu arrisco um palpite - foi a naturalidade com que o réu descreveu o envolvimento de figuras públicas. Como se fosse a coisa mais normal do mundo planejar o caos entre um cafezinho e uma reunião de trabalho.
Detalhe curioso: em determinado momento, Kid Preto teria dito que "o ministro sabia de tudo, mas fingia que não". Frase que, convenhamos, dá pano pra manga suficiente para vestir todo o Supremo.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização já começou. De um lado, os que juram que é teoria da conspiração. Do outro, os que afirmam ter "sempre desconfiado". No meio, o resto de nós, tentando entender quantas camadas tem essa cebola política.
Uma coisa é certa: esse depoimento vai dar o que falar nos próximos dias. E o STF? Bem, o STF mantém seu tradicional silêncio de pedra - pelo menos por enquanto.