
Eis que a Justiça Federal no Pará decidiu — e com força! — colocar nove indivíduos no banco dos réus por um daqueles esquemas que dão vergonha alheia. A história? Fraude na compra de respiradores durante a pandemia. Sabe, aqueles aparelhos que eram mais valiosos que ouro em 2020?
O caso gira em torno de um contrato de R$ 20 milhões — sim, você leu certo: vinte milhões de reais — entre a Secretaria de Saúde do Estado e uma empresa suspeita. Só que, pasme: parte dos equipamentos sequer funcionava direito. Tinha respirador que mais parecia um ventilador de apartamento…
Os principais acusados
Entre os nove réus, estão dois ex-gestores públicos que deveriam zelar pelo dinheiro — mas que, segundo o MP, abriram as porteiras do erário. Também foram citados empresários e intermediários que lucraram com a transação.
O Ministério Público Federal alega superfaturamento gritante, pagamentos por notas fiscais frias — aquela velha conhecida da malandragem — e até entrega de produtos com especificação técnica diferente da comprada. Uma combinação de desleixo e má-fé, na visão dos procuradores.
O que diz a defesa?
Até o momento, os advogados dos acusados mantêm a tradicional defesa de que seus clientes são inocentes e que as operações foram regulares. Alegam que a compra foi necessária e realizada em contexto de emergência. Mas o MP não comprou essa versão — e a Justiça, tampouco.
Vale lembrar: esse processo não começou ontem. A investigação corre em segredo de Justiça desde 2021, e só agora a situação judicial dos envolvidos ficou mais clara — e mais complicada para eles.
E aí, será que esse caso vai virar mais um daqueles que a gente esquece em seis meses? Torço que não. Afinal, R$ 20 milhões desviados em meio a uma crise sanitária não é brincadeira — é, no mínimo, falta de humanidade.