
O plenário do Supremo Tribunal Federal virou palco de mais um capítulo tenso da política nacional nesta quinta-feira. Dois deputados federais do Partido Liberal — sim, a legenda que já foi base do governo — sentaram no banco dos réus para prestar esclarecimentos. A acusação? Corrupção passiva, é claro.
E não foi um interrogatório qualquer. Os ministros do STF foram diretos, cortantes como uma lâmina. Queriam respostas, detalhes, nomes. A sessão foi longa, arrastada, cheia de idas e vindas jurídicas que deixariany qualquer leigo perdido.
O que se sabe até agora?
Pouco — e muito ao mesmo tempo. As investigações, é bom lembrar, correm sob sigilo. Mas os rumores nos corredores de Brasília não param de crescer. Dinheiro desviado, favorecimento ilícito, esquemas que beiram o absurdo. Nada muito novo sob o sol do Planalto, convenhamos.
Os deputados, é claro, negam tudo. Alegam perseguição política, viés da justiça, teatro midiático. Mas o ministro relator do caso não pareceu muito convencido. Fez perguntas incisivas, cutucou contradições, lembrou documentos esquecidos.
E o PL? O partido se manifestou?
Até agora, silêncio. Um silêncio ensurdecedor, diga-se. Ninguém solta um pio, ninguém defende publicamente os colegas. É cada um por si, e o partido — quiçá — por todos. Uma jogada clássica no xadrez político brasileiro.
O que vem pela frente? Mais depoimentos, mais delações, mais exposição na mídia. E, é claro, a ansiedade de quem espera por justiça — ou por absolvição.
Enquanto isso, o Brasil observa. Cético, como de costume. Mas ainda esperançoso de que, um dia, a casa caiba.