Defesa de Ramagem rebate acusações: anotações eram pessoais e não defendia golpe
Defesa de Ramagem: anotações eram pessoais, não golpe

Eis que surge mais um capítulo naquele que parece um romance político de tirar o fôlego. A defesa de Alexandre Ramagem, não é de hoje, está com os nervos à flor da pele. Desta vez, a questão gira em torno de umas anotações — sim, aqueles rabiscos que todo mundo faz e que, de repente, viram notícia nacional.

Os advogados dele, com uma paciência de jô, soltaram uma nota pra tentar botar panos quentes nessa fogueira. A tese? Que as tais anotações apreendidas pela PF eram de cunho estritamente pessoal. Coisa de uso interno, reflexões soltas, nada daquilo que se possa chamar de plano concreto.

O cerne da questão está num trecho específico que fala em "intervenção militar". Palavras fortes, não há como negar. Mas a defesa garante, de pés juntos, que Ramagem não defendia, não apoiava e muito menos articulava qualquer medida nesse sentido. Era, nas palavras deles, um mero registro de cenários hipotéticos — daqueles que a gente faz quando pensa alto, sabe?

E tem mais: as tais notas teriam sido tiradas de contexto. Foram, segundo os advogados, "descaracterizadas" para parecer algo que não eram. Uma manobra, quem sabe, para criar uma narrativa específica. O clima, convenhamos, tá mais pra novela das nove do que pra processo judicial.

O que dizem os documentos?

Os papéis apreendidos são parte do inquérito que mira suspeitas de que Ramagem teria usado a estrutura da ABIN para… bem, para fazer vigilância irregular. Alvo? Ninguém menos que autoridades como o ministro Alexandre de Moraes e políticos da oposição. Coisa séria.

Mas a defesa vai além: alega que a quebra do sigilo telefônico do ex-diretor foi feita de forma seletiva. Que pegaram só o que interessava, ignorando o contexto maior. É como se você lesse uma frase solta de um livro e julgasse a obra inteira por ela — injusto, não?

E não para por aí. Eles também reclamam do timing das coisas. Tudo teria vindo a público bem na hora em que o STF ia decidir se mantinha ou não Ramagem na prisão. Conveniente demais, pra não dizer outra coisa.

E o tal do golpe?

Aqui, a defesa é taxativa: Ramagem nunca, em tempo algum, defendeu ruptura democrática. As anotações, insistimos, eram pra consumo próprio — um exercício mental, algo como um "e se" que nunca saiu do papel.

O caso segue sob os holofotes, é claro. E, enquanto isso, Ramagem continua preso, esperando as próximas jogadas num tabuleiro que parece cada vez mais complexo. Resta saber como o STF vai enxergar tudo isso. Aguardemos os próximos capítulos.