Coronel revela ter recebido e repassado carta que pedia golpe militar — veja os detalhes
Coronel repassa carta golpista no Exército

Eis que surge mais um capítulo digno de roteiro de suspense político: um coronel do Exército — que prefere não ter seu nome estampado nas manchetes — acabou no centro de uma tempestade institucional. Acontece que ele recebeu, leu e, pasmem, repassou adiante uma carta que, digamos, não brincava em serviço ao sugerir um golpe militar.

Não, você não leu errado. Era mesmo um daqueles documentos que fazem juristas perderem o sono — cheio de termos rebuscados, mas com um recado claro como água: "Forças Armadas, tomem as rédeas". O coronel, seguindo o manual (ou não), enviou o texto para seu superior hierárquico. E agora? Bom, agora o Ministério da Defesa está com a pulga atrás da orelha.

O que dizia a tal carta?

Ah, a peça era um primor de contradições. Num trecho, falava em "defesa da democracia"; noutro, sugeria que as urnas eletrônicas eram "instrumentos de fraude". Para completar, citava — sem qualquer pudor — a necessidade de "intervenção constitucional". Sabe aquela velha tática de misturar meias-verdades com absurdos completos? Pois é.

Detalhe curioso: o documento não trazia assinatura. Anônimo, como bilhete de cobrança no elevador. Só que, neste caso, o destinatário era ninguém menos que o Alto Comando do Exército.

E o coronel? O que ele pensa disso tudo?

Bem... segundo fontes próximas, o oficial teria dito que "cumpriu protocolo". Algo como: "Recebi, não engoli, repassei para quem deveria decidir". Mas há quem diga — sempre tem esses "quem", não é? — que o simples ato de não arquivar imediatamente o documento já seria, no mínimo, problemático.

Eis o pulo do gato: militares da ativa recebendo (e circulando) material que beira a insubordinação. Parece cenário de filme B, mas é a realidade brasilis em 2025.

E as consequências?

O Ministério da Defesa emitiu nota — daquelas cheias de juridiquês — afirmando que "repudia veementemente" qualquer apelo a rupturas institucionais. Já no Congresso, a bancada governista fala em CPI, enquanto a oposição pede "cautela nas acusações". Típico.

Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização virou circo: de um lado, os que veem "prova de golpismo"; do outro, quem grita "fake news". No meio, como sempre, a verdade — essa danada — parece ter saído para almoçar e não deixou recado.

Uma coisa é certa: o caso escancara as fissuras que ainda persistem entre certos setores militares e o governo civil. E, convenhamos, não é exatamente a melhor hora para esse tipo de desgaste — com a economia dando sinais de cansaço e as pesquisas eleitorais já esquentando os motores.