Zambelli na Mira do Congresso: Cassação Pode Ser Votada em Agosto, Anuncia Presidente da CCJ
CCJ marca votação de cassação de Zambelli para agosto

O mês de agosto promete agitar o cenário político brasileiro — e não só por causa das férias parlamentares. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Doutor Hiran, adiantou que o processo de cassação da polêmica deputada Carla Zambelli deve ser votado assim que os trabalhos legislativos retornarem.

"A pauta está pronta, os autos estão completos", afirmou Hiran, em tom que misturava formalidade com um certo cansaço — quem acompanha o caso sabe que essa novela já se arrasta há tempos. A expectativa é que a votação ocorra ainda na primeira quinzena de agosto, mas política é como jogo de futebol: até o apito final, tudo pode mudar.

O que está em jogo?

O processo contra Zambelli tem origem naquele episódio que viralizou — para o bem ou para o mal — nas redes sociais: a perseguição armada contra um eleitor do PT em plena rua de São Paulo, dias antes do segundo turno das eleições de 2022. As imagens, que pareciam saídas de um filme de ação mal dirigido, renderam à deputada não apenas críticas, mas um belo processo por quebra de decoro parlamentar.

Desde então, o caso vem dando voltas no Congresso como uma novela das nove:

  • Primeiro, a relatora recomendou pela cassação
  • Depois, veio o pedido de vistas (aquele clássico "vamos deixar isso pra depois")
  • Agora, com os autos completos, a CCJ não tem mais desculpas para protelar

Curiosamente, enquanto isso, Zambelli — que normalmente não fica calada nem debaixo d'água — tem mantido um silêncio quase ensurdecedor sobre o assunto. Será estratégia ou pressentimento?

Os números da briga

Para a cassação ser aprovada, é preciso que 257 dos 513 deputados votem a favor — um número que, convenhamos, não é exatamente fácil de alcançar no Congresso mais fragmentado da história. Os aliados de Zambelli garantem que ela tem apoio suficiente para escapar, mas os opositores juram de pés juntos que o placar vai ser diferente.

"É aquela velha história: em Brasília, até o voto da vó é incerto no dia da votação", brincou um assessor parlamentar que preferiu não se identificar — e quem conhece o jeitinho brasileiro de fazer política sabe que ele não está completamente errado.

Enquanto o mês de agosto não chega, resta ao país acompanhar mais um capítulo dessa novela que, convenhamos, já daria um ótimo roteiro de reality show político. Só que, nesse caso, os prêmios e as eliminações são bem mais sérios.