
O litoral de São Paulo acordou sob o impacto de uma notícia que mistura violência, passado policial e uma execução brutal. Antonio Francisco Carbonari Neto, 67 anos, que já comandou a Polícia Civil paulista, foi morto a tiros na garagem do próprio prédio, em Praia Grande, na noite de terça-feira (23).
Doze disparos. Esse foi o saldo do ataque que silenciou para sempre um dos nomes que já foi sinônimo de lei e ordem no estado. A cena, digna de um filme de suspense policial — mas terrivelmente real —, se desenrolou por volta das 20h, no bairro Boqueirão. Carbonari chegava de carro, um Honda HR-V, quando foi surpreendido. O assassino, segundo as primeiras informações, agiu com frieza e precisão.
Uma Carreira na Lei e um Fim Brutal
Quem era o homem por trás da notícia? Carbonari não era um civil qualquer. Ele havia chegado ao topo da hierarquia policial, servindo como Delegado Geral da Polícia Civil entre 2011 e 2014, durante a gestão do então governador Geraldo Alckmin. Um cargo que coloca alguém no centro do tabuleiro do crime e da segurança pública — e, inevitavelmente, no caminho de muitos interesses escusos.
Após se aposentar, ele trocou a agitação da capital pela suposta tranquilidade do litoral. Mas, parece, o passado — ou talvez algo totalmente diferente — o alcançou. A pergunta que paira no ar, pesada e inevitável, é: este foi um acerto de contas? Uma vingança pessoal? Ou algo ainda mais complexo?
O Suspeito e a Investigação: Peças se Movem Rapidamente
Em um desenvolvimento que surpreendeu pela velocidade, a polícia já tem um suspeito sob custódia. Um homem de 41 anos foi preso nesta quarta-feira (24)… em Minas Gerais! A operação para localizá-lo e capturá-lo foi fruto de um trabalho conjunto e ágil da Divisão de Homicídios de Praia Grande (DH) com a Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Santos.
Detalhes macabros: As câmeras de segurança do condomínio, aquelas testemunhas silenciosas e implacáveis, teriam registrado todo o brutal acontecimento. Imagens que, com certeza, serão cruciais para desvendar o quebra-cabeça. O suspeito não agiu sozinho? A motivação era pessoal ou profissional? As autoridades ainda buscam respostas.
O corpo do ex-delegado foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos para os procedimentos de praxe. Enquanto isso, familiares e amigos tentam digerir a perda súbita e violenta de alguém que, após uma vida dedicada à justiça, encontrou um fim tão injusto.
O caso, que já chocou o Brasil, promete ter muitos capítulos pela frente. A sensação é que esta história está longe de acabar.