Tragédia em Santa Catarina: Delegado é Executado a Tiros ao Deixar Casa Sem Blindagem
Delegado executado com 12 tiros sem carro blindado em SC

Aquela terça-feira, 18 de junho, começou como qualquer outra em Joinville. O sol tentava furar a neblina matinal quando o delegado Leandro de Souza Santos, 41 anos, saiu de casa rumo ao trabalho. Mas algo estava radicalmente diferente – e tragicamente fatal.

Dessa vez, não havia o carro blindado. Apenas seu veículo comum, um Fiat Pulse. Uma decisão aparentemente rotineira que se transformaria em sentença de morte.

Por volta das 7h30, no bairro Costa e Silva, o cenário pacífico explodiu em violência pura. Dois homens numa moto, fantasiados com capuzes e luvas – a vestimenta padrão dos que vêm para matar – aproximaram-se com intenções sombrias. E executaram. Metodicamente. Cruelmente.

O Barulho que Calou uma Vida

Doze disparos ecoaram nas ruas tranquilas. Doze vezes que o metal perfurou a lataria e a vida do delegado. A perícia contaria depois cada um, como testemunhas mudas de uma brutalidade calculada.

Leandro ainda foi levado às pressas para o hospital. Mas alguns ferimentos são grandes demais até para a medicina. Às 8h40, veio o veredicto biológico: morte.

A Revelação do Prefeito: Uma Mudança de Rotina Fatal

Adriano Silva, prefeito de Joinville, soltou uma informação que dá arrepios: "Ele tinha saído mais cedo do trabalho naquele dia". E aí, me pergunto: será que alguém monitorava seus movimentos? Esperou justo o momento de vulnerabilidade?

E sobre a blindagem… O prefeito foi direto: "Infelizmente, ele não estava no carro blindado". Frase curta, consequências enormes. Um detalhe logístico transformado em divisor de águas entre vida e morte.

O delegado não era qualquer um. Comandava a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI). Mexia com casos sensíveis, delicados, perigosos. Será que o passado profissional bateu à porta com violência extrema?

O Desabafo de um Colega de Farda

Um policial militar, sob anonimato – porque o medo é real –, confessou: "A gente sabe dos riscos, mas ver assim… é um choque. Eles sabiam exatamente onde e quando ele estaria. Isso aterroriza qualquer um".

Joinville não é mais a mesma. A cidade que se orgulha do título de "Manchester catarinense" hoje carrega outra marca: a do sangue de um servidor público assassinado em plena luz do dia.

A pergunta que fica, ecoando mais alto que os tiros: quantos mais precisarão morrer antes que a segurança se torne prioridade real, e não discurso vazio?