
Era questão de tempo. Toninho Pavão, o bandido mais criativo — e teimoso — do submundo do crime, acabou encurralado de novo. Dessa vez, numa operação que pegou até ele de surpresa, no Espírito Santo.
Quem acompanha as artimanhas desse sujeito sabe: ele não é qualquer marginal. Já se disfarçou de mulher pra escapar da cadeia, roubou um avião como se fosse pegar um táxi e, pasmem, assaltou mais de 100 bancos pelo Brasil. Um currículo que deixaria até os roteiristas de Hollywood com inveja.
O golpe do disfarce
Lembram daquela fuga digna de filme? Em 2019, o sujeito apareceu usando peruca, vestido e maquiagem — um visual que enganou até os agentes penitenciários mais experientes. "Parecia uma senhora frágil", contou um policial, ainda incrédulo. Só descobriram o truque quando ele já estava a quilômetros de distância.
O assalto que virou lenda
Mas o ápice da audácia veio em 2021. Num aeroporto de Minas, Pavão abordou um piloto com uma arma, obrigou-o a decolar e sumiu no horizonte. "Nunca vi nada igual", confessou um delegado da época. O avião foi encontrado dias depois, abandonado num campo — sem rastros do bandido, claro.
Dessa vez, porém, a sorte — e a paciência da polícia — acabou. Após meses de buscas, uma denúncia anônima levou os agentes até um esconderijo em Vila Velha. "Ele tentou resistir, mas estava cercado", relatou o capitão responsável pela operação.
O que esperar agora?
Com um histórico desses, ninguém arrisca palpites. Será que os carcereiros vão triplicar a vigilância? Ou Pavão já está bolando outro plano mirabolante? Uma coisa é certa: enquanto ele estiver atrás das grades, os banqueiros pelo menos dormirão mais tranquilos.