
Era mais uma manhã aparentemente comum em Mesquita, na Baixada Fluminense, quando a rotina do bairro foi quebrada por uma ação policial que pegou todo mundo de surpresa. Dois homens, até então anônimos misturados à multidão, tiveram seus destinos drasticamente alterados por volta das 10h desta sexta-feira.
A operação — fruto de uma investigação minuciosa que já se arrastava há semanas — desmontou parte de uma organização criminosa que não fazia pouco barulho. A especialidade? O furto de veículos, que depois sumiam como que por arte mágica em esquemas de desmanche.
Flagrante que não deu margem para dúvidas
Os policiais chegaram com endereço certo e na hora exata. Encontraram os dois suspeitos — um de 28 e outro de 32 anos — no meio do trabalho sujo, com as mãos literalmente na massa. A cena era clara: não havia como negar a autoria.
Mas a surpresa não parou aí. Na revista, os agentes se depararam com um verdadeiro arsenal improvisado: duas chaves de roda, uma chave de fenda, um macaco hidráulico e um pé de cabra. Ferramentas comuns, sim, mas que nas mãos erradas se transformam em instrumentos do crime.
O modus operandi que vinha sendo acompanhado
Segundo as investigações, a quadrilha — da qual os dois presos faziam parte — agia com uma precisão quase militar. Eles escolhiam os veículos-alvo, geralmente em vias públicas ou estacionamentos pouco vigiados, e agiam rápido. Muito rápido.
Os carros sumiam em questão de minutos e, em pouco tempo, eram desmontados e vendidos em peças. Um negócio lucrativo, mas que agora começa a desmoronar.
Os dois homens presos já foram encaminhados para o sistema prisional. Eles responderão pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. A pena? Pode chegar a oito anos de reclusão, dependendo da análise judicial.
Para a polícia, no entanto, o trabalho está longe de terminar. As investigações continuam a pleno vapor para identificar e prender outros integrantes da mesma organização. A mensagem que fica é clara: a Baixada não é terra de ninguém.