
Era um esquema tão bem armado que até dava pena ver como foi desmontado. A Polícia Civil de Alagoas, em uma operação que misturou inteligência, paciência e um tanto de sorte, acabou com uma rede criminosa que agia como uma máquina de roubar carros — principalmente os mais cobiçados, aqueles que fazem os olhos brilharem.
Não era amadorismo. Os caras tinham método: furtavam os veículos, clonavam documentos com uma habilidade que até assustava, e depois vendiam como se fossem produtos de vitrine. E não ficavam só por Alagoas não — espalhavam essa "lojinha" por outros estados, como se fossem uma franquia do crime.
Como a polícia descobriu?
Ah, essa parte é boa. Tudo começou com uma denúncia anônima — aquelas que a gente sempre desconfia, mas que às vezes salvam o dia. Investigadores notaram um padrão: carros sumiam e reapareciam com documentos "limpos", como se tivessem renascido. Aí veio a ficha: era um esquema profissional, com divisão de tarefas que faria qualquer empresa ficar com inveja.
Tinha desde os "catadores" (os que roubavam), passando pelos "artesãos" (especialistas em adulteração), até os "vendedores" — esses últimos, os mais difíceis de pegar, sempre se escondendo atrás de laranjas.
O que foi apreendido?
- 12 veículos de luxo — alguns ainda com cheiro de novo
- Documentação falsa que envergonharia até os melhores gráficos
- Equipamentos de clonagem tão modernos que até a polícia se surpreendeu
- Uma lista de clientes que prefeririam não ter seus nomes divulgados
E olha só a cara de pau: alguns carros já tinham sido revendidos duas, três vezes — cada vez com um novo "dono" caindo no conto do vigário. Imagina a decepção ao descobrir que seu carrão era, na verdade, um presente de grego?
E agora, o que acontece?
Os envolvidos — sete até agora — vão responder por formação de quadrilha, receptação qualificada e falsificação de documentos. Se condenados, podem passar um bom tempo pensando na vida atrás das grades. Enquanto isso, os veículos apreendidos passam por perícia para tentar devolvê-los aos verdadeiros donos — aqueles que tiveram o azar de cruzar com essa turma.
Moral da história? No mundo do crime organizado, até os esquemas mais bem bolados têm prazo de validade. E quando a conta chega, vem com juros altíssimos.