Operação Mira: Quase 30 mulheres são alvo em ação contra facção criminosa no Piauí
Operação Mira mira 30 mulheres em facção criminosa no Piauí

Nada de cenas hollywoodianas, mas a tensão estava no ar. Nesta terça-feira (16), uma operação batizada de Mira sacudiu o Piauí, mirando um alvo incomum: quase 30 mulheres suspeitas de fazer parte de uma facção criminosa. Sim, mulheres — e não estamos falando de figurantes.

Segundo fontes próximas ao caso, elas não estavam apenas na cozinha do crime (com o perdão do trocadilho fácil). Algumas supostamente gerenciavam rotas de drogas, outras cuidavam de lavagem de dinheiro, e havia até quem coordenasse ações logísticas. Um verdadeiro esquema em que, aparentemente, o gênero não era empecilho para cargos de "gestão" no mundo do crime.

Como a operação desenrolou?

Madrugada adentro. Os policiais — muitos deles com café frio na mão e olheiras de plantão — executaram mandados em pelo menos cinco cidades. Teresina, claro, foi um dos epicentros. Mas o que chama atenção é a abrangência: de capitais a interiores, o esquema parecia ter tentáculos longos.

  • 28 mandados de busca: reviraram de caixas de sapatos a envelopes esquecidos em gavetas
  • 7 prisões preventivas: algumas suspeitas nem tiveram tempo de tomar o café da manhã
  • R$ 50 mil em dinheiro vivo: porque, convenhamos, criminoso adora um pé-de-meia em espécie

Curiosamente, a operação foi resultado de meses de investigação — e não, não foi um vizinho fofoqueiro que entregou o esquema. A inteligência policial rastreou comunicações (sim, até WhatsApp entrou na jogada) e movimentações financeiras que não batiam.

Mulheres no crime: um retrato que muda?

Esqueça aquela velha imagem da mulher só como "mula" ou coadjuvante. O que os investigadores estão vendo — e isso é preocupante — é uma participação cada vez mais ativa e estratégica. Algumas das alvos, pasmem, tinham até certa "estabilidade": empregos formais, vida social aparentemente normal.

"É como se tivessem uma vida dupla", comentou um delegado que preferiu não se identificar. "De dia, mães de família; à noite, peças-chave em um sistema criminoso."

Resta saber: será que estamos diante de uma nova faceta do crime organizado? Ou sempre foi assim e só agora as luzes estão se voltando para esse cenário? Uma coisa é certa — a operação Mira mostrou que, no xadrez do crime, as rainhas podem ser tão perigosas quanto os reis.