
Numa operação que misturou inteligência e timing preciso, a Polícia Civil do Amapá deu um golpe duro no tráfico de drogas que abastece o arquipélago do Bailique. Tudo aconteceu na tarde dessa quarta-feira (18), num cenário que mais parecia roteiro de filme — mas era a pura e crua realidade.
Imagina só: um barco, desses que fazem a linha Macapá-Bailique, navegando tranquilamente pelas águas do Rio Amazonas. Nada parecia fora do normal — até que tudo mudou. De repente, equipes policiais surgiram e interceptaram a embarcação. O alvo? Um carregamento valioso — mas ilegal.
E não era pouco não. Quando revistaram a embarcação, os agentes se depararam com nada menos que 200 quilos de maconha, meticulosamente embalados e escondidos. Uma carga que, nas ruas, valeria uma pequena fortuna.
O condutor do barco, um homem de 37 anos — que até então vivia uma vida comum em Macapá — foi detido no local. Ele agora responde por tráfico de drogas e, cá entre nós, a situação não está nada boa para ele. Acredita-se que a droga fosse mesmo para o Bailique, um conjunto de ilhas onde o acesso é difícil e a fiscalização, ainda mais.
Não é a primeira vez que esse tipo de operação acontece por lá, mas essa apreensão chama a atenção pelo volume. Duzentos quilos! Isso não é coisa de amador, não. Tinha organização por trás — e muita.
O delegado responsável pela operação — que preferiu não se identificar — disse, em tom firme, que investigações continuam para identificar a origem da droga e possíveis outros envolvidos. "Ações como essa mostram que o crime não passa impune, mesmo em regiões de difícil acesso", afirmou.
E olha, é isso. Mais um capítulo — tenso — da luta contra o tráfico no Norte do Brasil. A população do Bailique, que sofre com a violência e a influência do narcotráfico, torce para que esse tipo de ação vire rotina. Porque no fim das contas, quem paga o pato é sempre quem mora lá.