
Ela achou que poderia sumir no mapa — trocar de nome, de estado, recomeçar. Mas a justiça tem dessas coisas: quando menos se espera, o passado bate à porta. Foi o que aconteceu com uma mulher de 37 anos, procurada no Ceará por crimes ainda não divulgados, que vivia escondida em Santa Catarina trabalhando como faxineira.
Segundo fontes próximas ao caso, a prisão aconteceu numa operação discreta. Dois agentes chegaram ao local de trabalho dela — um prédio residencial em Itajaí — fingindo ser moradores. Quando a identificaram, não houve escapatória. "Ela ficou branca, mas não resistiu", contou um policial sob condição de anonimato.
Vida dupla desmontada
Há pelo menos oito meses, a foragida usava documentos falsos e se passava por outra pessoa. Vizinhos a descreviam como "reservada, mas educada". Ninguém desconfiava que a faxineira dedicada tinha um mandado de prisão pendente.
O que mais chocou os colegas de trabalho? "Ela sempre reclamava do calor de SC — dizia que sentia saudades do Nordeste", revelou uma funcionária do condomínio, entre risos amarelos. Ironia do destino: foi justamente um sotaque mais puxado que chamou atenção durante investigações preliminares.
Detalhes que pesaram
- Usava RG falsificado com foto recente
- Manteve o mesmo número de celular do Ceará
- Frequentava comunidades nordestinas na região
Agora, a justiça cearense já articula sua transferência. Enquanto isso, no prédio onde trabalhava, os moradores ainda tentam digerir a novidade. "Dava café pra ela toda semana...", comentou um senhor de 65 anos, balançando a cabeça. A vida, como se vê, prega peças curiosas.