
Era uma noite comum em Itabuna, até que a violência urbana mostrou sua face mais cruel. Adelmário Coelho, um cantor local de 36 anos que encantava plateias com sua voz, teve sua vida interrompida de maneira brutal — e o que parecia ser um caso sem solução ganhou um desdobramento crucial.
A Polícia Civil, após dias de investigação intensa — com perícias, quebra de sigilos e uma pressão que só quem já acompanhou caso de perto sabe como é —, conseguiu prender um suspeito pelo homicídio. O indivíduo, cuja identidade ainda não foi divulgada (provavelmente para não atrapalhar as próximas etapas do inquérito), foi capturado na zona rural do município.
A arma do crime? Uma faca. O cenário, sombrio: o corpo de Adelmário foi encontrado dentro da própria residência, no bairro Pedro Gerônimo. Vizinhos relataram à polícia que ouviram barulhos na madrugada do dia 11 de setembro, mas ninguém imaginava o que havia acontecido.
Investigação: pistas, silêncios e uma prisão
Nada disso foi por acaso. A Delegacia de Homicídios de Itabuna (DHIT) trabalhou com a hipótese de que o autor ainda estava na região. E acertou. Com mandado de prisão em mãos, a equipe partiu para a localidade de Banco Central, distante alguns quilômetros do centro, e efetuou a captura.
Não foi uma operação simples. A região é de difícil acesso, cheia de estradas vicinais e com pouca cobertura de telefonia. Mas deu certo. O preso já tinha passagem pela polícia — outro dado que não surpreende, mas assusta.
Agora, ele responde por homicídio qualificado. E a motivação? Ainda é cedo para cravar, mas especula-se que possa ter relação com dívidas ou conflitos pessoais. Coisas banais, que viram tragédia em segundos.
Quem era Adelmário Coelho?
Não era um artista famoso nacionalmente, mas naquelas redondezas sua voz ecoava em festas, bares e eventos comunitários. Tinha 36 anos, sonhos — como todo mundo — e uma carreira musical que mal havia começado. Sua morte não é só mais um número. É a história de um talento interrompido pela barbárie.
O caso chocou Itabuna. E não é pra menos. Violência assim dói mais quando atinge quem traz alegria através da arte.
O que vem agora? O preso deve passar por audiência de custódia nos próximos dias. E a polícia segue apurando se havia mais envolvidos. Por enquanto, é um alívio — mas a dor da família permanece.