Ela passou 12 meses vivendo na sombra, mas a conta chegou. Nesta segunda-feira (29), a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu em Belo Horizonte uma mulher acusada de tentar matar o próprio chefe — sim, com café misturado a veneno. O caso, que parece saído de um roteiro de suspense, aconteceu em 2024 e só agora teve desfecho.
Detalhes macabros: a funcionária — cujo nome não foi divulgado — teria colocado substâncias tóxicas na bebida do patrão durante o expediente. Sorte dele que alguém desconfiou do gosto estranho antes que fosse tarde. "Ela agiu com frieza, como se fosse uma cena ensaiada", relatou um delegado que acompanha o caso.
Fuga interrompida
Depois do crime frustrado, a suspeita simplesmente evaporou. Mudou de cidade, cortou o cabelo, sumiu do radar. Mas a polícia mineira não esqueceu. Com paciência de caçador, rastreou digitalmente movimentos suspeitos até localizá-la num bairro da capital.
E olha só a ironia: quando os agentes bateram à porta, ela estava... tomando café. "A vida escreve os melhores roteiros", comentou um dos policiais, sem conseguir disfarçar o sarcasmo.
O que diz a lei
- Tentativa de homicídio qualificado (por motivo fútil) pode render até 20 anos
- Uso de veneno é considerado agravante penal
- Fuga prolongada dificulta defesa no júri
Psicólogos ouvidos pela reportagem especulam sobre o motivo: "Pode ter sido vingança por demissão iminente ou assédio não denunciado. Mas nada justifica", dispara a especialista em comportamento organizacional Carla Rios. O chefe sobrevivente, por sua vez, segue traumatizado — hoje só toma chá de camomila no trabalho.
Enquanto isso, nas redes, memes não perdoam: "Café mineiro agora com gosto de cadeia" foi um dos comentários mais curtidos. Brincadeiras à parte, o caso serve de alerta sobre conflitos trabalhistas mal resolvidos. Como diz o ditado: água (ou café) passada não move moinho, mas pode virar prova criminal.
