
Imagine alugar um imóvel, pagar religiosamente todo mês e, de repente, descobrir que o dono do apartamento nunca viu um centavo do seu dinheiro. Foi exatamente isso que aconteceu com mais de 600 pessoas em Santa Catarina — vítimas de um golpe tão bem armado que até quem trabalha no ramo imobiliário caiu.
O "mágico" dos contratos que sumia com o dinheiro
O sujeito — um corretor com cara de pau que parecia ter saído de um filme sobre vigaristas — criou um esquema tão engenhoso que daria um roteiro prontinho para a Netflix. Funcionava assim: ele alugava imóveis normalmente, mas depois sublocava o mesmo lugar para várias pessoas. Só que, claro, sem avisar o proprietário original.
Resultado? Enquanto os inquilinos achavam que estavam pagando seu aluguel direitinho, o dinheiro ia parar no bolso do golpista. E o proprietário? Bem, esse ficava esperando um pagamento que nunca chegava.
Como o esquema foi descoberto
Tudo começou a desmoronar quando um dos donos de imóvel — já cansado de não receber — resolveu bater na porta do seu "inquilino". Só que, para sua surpresa, quem abriu a porta foi outra família, que jurou de pés juntos que também estava pagando aluguel direitinho.
"Mas como assim?", você deve estar pensando. Pois é, o golpista alugava o mesmo imóvel para três, quatro pessoas diferentes. Um verdadeiro mestre da enganação que agora vai ter bastante tempo para pensar na vida — atrás das grades.
As vítimas: desde estudantes até empresários
O mais impressionante? O leque de vítimas. Tinha de tudo: estudantes que juntaram economias para não morar em república, famílias inteiras que se mudaram para a cidade e até pequenos empresários que precisavam de espaço para lojas.
E o pior — algumas pessoas só descobriram o golpe quando receberam a notícia de que seriam despejadas. Imagina o susto?
Agora a justiça tenta descobrir para onde foi todo esse dinheiro. Enquanto isso, o corretor — que já tinha histórico de golpes menores — vai responder por estelionato em grande escala. E as vítimas? Bem, essas ficam com a lição mais cara da vida: na hora de alugar imóvel, desconfie até da sua própria sombra.