
O que acontece quando alguém parece saber demais antes de todo mundo? A Advocacia-Geral da União (AGU) está atrás dessa resposta — e a coisa tá quente. Eles querem saber, na marra, se teve gente se aproveitando de informações privilegiadas antes do famigerado aumento de tarifas públicas, o tal do 'tarifaço'.
Não é teoria da conspiração não. Tem indício concreto de que certas movimentações financeiras — dessas que deixam rastro no sistema — aconteceram num timing mais que suspeito. Coincidência? A AGU duvida. E muito.
O pulo do gato financeiro
Detalhe que pega: segundo os técnicos, algumas operações parecem ter sido feitas por quem já sabia o que viria. Tipo apostar em cavalo vencedor com a raia marcada. E olha que não foi pouco dinheiro não — estamos falando de volumes que fariam até o mais descolado investidor levantar a sobrancelha.
"Quando o assunto é dinheiro público, desconfiança zero é pouco", soltou um dos envolvidos na investigação, que preferiu não se identificar. E faz sentido: afinal, quem paga a conta somos nós, os contribuintes.
Os números que não fecham
- Movimentações atípicas em contas de terceiro grau
- Operações em mercados futuros com padrão suspeito
- Picos incomuns em setores específicos dias antes do anúncio
O Ministério da Economia, por sua vez, diz que seguiu todos os protocolos. Mas convenhamos — nesse jogo de xadrez financeiro, peça que se mexe sozinha sempre levanta suspeita.
E agora? A bola está com a Justiça. Se comprovado o uso de informações privilegiadas, pode virar caso criminal dos pesados. Enquanto isso, o cidadão comum fica aí, pagando mais na conta de luz e se perguntando: "Será que alguém lucrou com o meu prejuízo?"
Uma coisa é certa: quando o assunto é grana pública, o cheiro de coisa errada costuma aparecer bem antes da fumaça. E dessa vez, parece que alguém esqueceu de abrir a janela.