MPT exige indenização por danos morais contra grupo que fabricava fogos ilegais na Bahia
MPT processa grupo por fogos ilegais com trabalho escravo na BA

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação judicial pedindo indenização por danos morais coletivos contra um grupo responsável pela produção ilegal de fogos de artifício em Feira de Santana, na Bahia. A denúncia revela condições de trabalho degradantes e perigosas aos quais os funcionários eram submetidos.

Segundo as investigações, os trabalhadores atuavam sem equipamentos de segurança adequados, em ambientes sem ventilação e com alto risco de explosões. O MPT destacou que a atividade configurava trabalho análogo ao escravo, com jornadas exaustivas e remuneração abaixo do piso da categoria.

Riscos à vida e à saúde

As instalações irregulares não possuíam alvará dos bombeiros nem licença ambiental. Testemunhas relataram que os empregados manipulavam pólvora sem qualquer proteção, expostos a:

  • Queimaduras graves
  • Intoxicação por produtos químicos
  • Risco permanente de acidentes fatais

Valor da indenização

O MPT calculou o pedido indenizatório considerando:

  1. Número de trabalhadores afetados
  2. Grau de exploração identificado
  3. Risco social da atividade irregular

Além da reparação financeira, o órgão exige que a empresa seja impedida definitivamente de atuar no ramo pirotécnico sem cumprir todas as normas trabalhistas e de segurança.