
Parece coisa de filme de ação, mas foi pura e assustadora realidade. Aquele domingo, 17 de agosto, começou tranquilo em Piracicaba. Ninguém – absolutamente ninguém – poderia imaginar que em questão de minutos um dos cartões-postais da cidade viraria cinzas.
O laudo pericial, concluído pelo Instituto de Criminalística e obtido com exclusividade, é claro e direto: foram apenas seis minutos. Sim, você leu direito. O intervalo de uma música ou de uma conversa rápida no telefone. Foi o tempo que o fogo precisou para engolir praticamente todo o mercado.
Os Minutos que Abalaram a Cidade
A cronologia é de deixar qualquer um de cabelo em pé. Tudo começou por volta das 5h20 da manhã, um horário ainda silencioso. De repente, uma faísca. Talvez um curto-circuito, talvez algo mais – as investigações ainda correm soltas. O fato é que às 5h21, as chamas já dançavam no forro.
E aí, meu Deus, a coisa desandou de vez. O material era basicamente um estopa gigante. Madeira, aquela velha e seca, e o tal do PVC. Uma combinação mais perigosa que gasolina e fósforo. Às 5h23, o inferno já estava praticamente formado. O fogo, esperto e rápido, não deu chance.
Os bombeiros, heróis que correm contra o tempo todos os dias, foram acionados às 5h25. Mas convenhamos: contra uma fera dessas, solta e com seis minutos de vantagem, a batalha já começava perdida. Eles chegaram e encontraram o caos. Um visual dantesco de labaredas altas e fumaça densa, daquelas que sufocam até a alma.
O que Sobrou (Quase Nada)
O estrago? Total. Para ser mais exato, 100% da cobertura e 90% das instalações internas simplesmente viraram pó. Uma perda irreparável, não só material, mas histórica e afetiva para todo piracicabano. O mercado não era só um lugar de compras; era ponto de encontro, era tradição, era memória viva.
Agora, o que resta é uma estrutura fantasma. E o cheiro. Ah, o cheiro de cinza que ainda impregna o ar e serve como um triste lembrete do que aconteceu. As causas? Bom, a polícia ainda está no trabalho de detetive. Eletricidade é a pista mais forte, mas ninguém crava nada ainda. A verdade é que o laudo mostrou a velocidade, mas o 'porquê' ainda é um quebra-cabeça sendo montado.
Uma coisa é certa: aquele domingo mudou a cidade. E serve de alerta mórbido sobre como tudo pode mudar – ou acabar – em apenas seis minutos.