Salvador Cria Zona de Proteção Exclusiva para Ciclistas de Competição — Entenda a Nova Regra
Salvador cria área de proteção para ciclistas de competição

Imagine treinar para uma competição de ciclismo no meio do trânsito caótico de uma grande cidade. Apertado entre carros, ônibus e motos, sem nenhum espaço seguro para dar tudo de si. Pois é, essa realidade começa a mudar em Salvador.

A Prefeitura, numa jogada inteligente — e diga-se de passagem, bastante aguardada pelos atletas —, acaba de criar uma área de proteção específica para ciclistas de competição. A ideia é simples, mas genial: garantir que esses atletas possam treinar com muito mais segurança e foco, longe dos perigos do tráfego intenso.

Como Funciona Na Prática?

Não se trata de fechar ruas ou criar um circuito permanente. A estratégia é mais dinâmica. A nova regulamentação permite que associações e federações esportivas solicitem, de forma antecipada, a criação de um entorno seguro temporário para provas e treinos específicos.

Traduzindo: os organizadores pedem, a prefeitura analisa e, se tudo estiver dentro dos conformes, monta toda uma operação de suporte no local e horário marcados. Isso inclui sinalização, orientação de tráfego e, o mais importante, uma presença maior de agentes para fiscalizar e coibir infrações que coloquem os ciclistas em risco.

E olha, a multa para quem desrespeitar a regra é daquelas que doem no bolso: R$ 195,23, fora os cinco pontos na CNH. Uma bela maneira de fazer o motorista pensar duas vezes antes de fechar um ciclista, não?

Muito Além do Asfalto

O que pouca gente percebe é que essa não é apenas uma questão de trânsito. É sobre valorizar o esporte e quem o pratica. Salvador vem tentando, aos trancos e barrancos, se firmar como um polo de ciclismo. Medidas assim são um empurrãozinho e tanto.

— É um avanço e tanto para a categoria — comenta um ciclocal que preferiu não se identificar. — Treinar na cidade sempre foi um exercício de audácia. Agora, ganhamos um fôlego, um reconhecimento. Parece que finalmente enxergaram a gente.

Verdade seja dita, a cidade precisa mesmo se adaptar. Os tempos mudaram, o número de pessoas sobre duas rodas só aumenta, e não dá mais para ignorar a necessidade de um compartilhamento mais harmonioso — e seguro — do espaço público.

Essa iniciativa joga luz sobre um problema crônico: a vulnerabilidade do ciclista no trânsito brasileiro. Se vai pegar? Só o tempo dirá. Mas é, sem dúvida, um começo promissor. Um sinal de que, aos poucos, a mentalidade vai mudando.