Tragédia no Ceará: pai e filha são encontrados mortos dentro de carro submerso em canal
Pai e filha morrem em carro submerso no Ceará

Era pra ser um dia comum. Mas o que começou como mais uma terça-feira no interior cearense terminou em uma cena de partir o coração, daquelas que a gente nunca esquece. Um carro — um Fiat Palio prata — foi encontrado submerso nas águas escuras de um canal na CE-293, bem no distrito de Missão Velha. Dentro, duas vidas interrompidas de modo brutal e inexplicável.

Os bombeiros chegaram por volta das 7h30, depois de um alerta. Mergulharam naquela água turva e, não demorou, confirmaram o pior: dois corpos no interior do veículo. Eram um homem de 48 anos e uma menina, apenas 12. Ele, agricultor. Ela, uma criança. Pai e filha.

A identidade das vítimas foi confirmada depois de horas de tensão. O homem era Francisco Alves Ferreira. A menina, Maria Clara, sua filha. Vizinhos contaram que os dois saíram de casa na noite anterior e simplesmente não voltaram. Ninguém imaginava que o destino deles cruzaria com aquele canal.

Como tudo aconteceu?

Até agora, só especulações. A Polícia Militar acredita que o carro possa ter saído da pista — talvez um erro de direção, talvez uma manobra brusca — e mergulhou no canal. A via não é das mais movimentadas, mas à noite, sem iluminação, qualquer descuido vira risco. E o pior: não há testemunhas. Ninguém viu, ninguém ouviu. Só o silêncio depois da tragédia.

O resgate foi tenso. Os profissionais do Corpo de Bombeiros trabalharam com cuidado — sabe como é, nessas horas cada movimento importa. Retiraram os corpos e os encaminharam para o Instituto Médico Legal (IML) do Crato. Lá, os peritos vão tentar reconstituir os últimos momentos dessa história triste.

E agora?

A Polícia Civil abriu inquérito. Vão apurar as causas do acidente, claro. Será que houve falha mecânica? Excesso de velocidade? Ou foi apenas o acaso, cruel e aleatório? A família aguarda respostas. A comunidade também. Missão Velha não é grande, todo mundo se conhece. Uma perda dessas mexe com todo mundo.

É daquelas notícias que a gente lê e fica quieto um tempinho. Pensa na família, na menina, no futuro que não vai existir. O Ceará chora mais duas vidas. E a gente fica aqui, na esperança — frágil, mas necessária — de que histórias como essas não se repitam.