
Foi um daqueles dias que começou normal — céu azul sobre Lisboa, turistas a tirar fotos, o típico vai e vem da cidade. Mas por volta das 10h30 da manhã desta quarta-feira, o cenário idílico transformou-se em pesadelo. Um elétrico da Carris, que fazia a linha 28, uma das mais icônicas da capital portuguesa, descarrilou perto do Bairro Alto.
E não foi um simples descarrilamento. Segundo relatos de passageiros, o veículo, agora sem controle, começou a descer a linha no sentido oposto. E não devagar. A alta velocidade. Um passageiro, visivelmente abalado, contou à imprensa: "Pensei que fosse o fim. Acreditava, com todas as forças, que íamos morrer ali".
O barulho foi de cortar a alma. Metal rasgando metal, vidros estilhaçando, gritos. Muitos gritos. Testemunhas que estavam na rua disseram que parecia cena de filme — algo totalmente surreal, daqueles momentos em que o cérebro demora a processar o que os olhos estão a ver.
O que se sabe até agora?
As autoridades ainda investigam as causas exatas do acidente. Não há confirmação oficial sobre feridos graves ou vítimas fatais, mas o alerta foi máximo. Bombeiros, INEM e Polícia Municipal fecharam a área rapidamente. O trânsito está um caos na zona, e várias linhas de elétrico foram desviadas ou suspensas.
Algumas horas depois, a Carris emitiu uma nota breve a confirmar o incidente e a dizer que está a acompanhar a situação. Mas ninguém esperava por algo assim. O elétrico 28 é quase um símbolo de Lisboa — lento, turístico, pitoresco. Ver algo assim fugir do controle é como ver o inesperado acontecer no lugar mais familiar.
E agora? Agora resta aguardar. Apurar responsabilidades. E, claro, torcer para que todos os passageiros consigam superar o trauma de terem vivido minutos que pareceram uma eternidade.