
Uma cena de absoluto caos se abateu sobre a BR-040 nesta manhã de sexta-feira (5). Por volta das 6h30, um ônibus de viagem simplesmente capotou na altura do KM 780, numa das principais rotas que cortam Juiz de Fora. O estampido do metal se contorcendo contra o asfalto ecoou como um trovão, interrompendo a rotina pacata da manhã.
Testemunhas — ainda visivelmente abaladas — contaram que o veículo, que trafegava no sentido Rio-Belo Horizonte, pareceu perder o controle de forma súbita e brutal. "Foi tudo muito rápido, uma coisa de doido. O ônibus simplesmente jogou pro lado e virou, arrastando por metros numa nuvem de poeira e faísca", relata um motorista que passava pelo local.
Corrida Contra o Tempo Para Salvar Vidas
Os socorros não demoraram, graças a Deus. O Corpo de Bombeiros, o SAMU e a Polícia Militar Rodoviária compareceram rapidamente, transformando a pista num verdadeiro quartel-general de emergência. As primeiras horas foram de tensão máxima: dezenas de passageiros precisaram ser retirados dos escombros — alguns gritando, outros em silêncio assustador.
Até agora, o que se sabe é que pelo menos 21 pessoas ficaram feridas. Dessas, seis em estado considerado gravíssimo. Os feridos foram distribuídos entre pelo menos três hospitais da região. A Santa Casa de Juiz de Fora recebeu a maioria, mas a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro e o Hospital Ascomcer também acionaram seus protocolos de emergência.
O Que Levou ao Desastre?
Eis a pergunta que todo mundo faz, e que ninguém — pelo menos por enquanto — consegue responder com exatidão. A Polícia Rodoviária já adiantou que as investigações vão apurar tudo: desde possíveis falhas mecânicas até a condição do motorista na hora do acidente. A pista estava molhada? Haja vista que choveu forte na madrugada. Ou foi um problema no veículo? Uma falha humana? São muitas variáveis.
O trânsito, claro, ficou um inferno. Quem precisava pegar a 040 pela manhã se viu num engarrafamento quilométrico. A pista no sentido Rio foi interditada totalmente por mais de quatro horas, com os carros sendo desviados para rotas alternativas — que, convenhamos, não estavam preparadas para tanto volume.
Por volta das 11h, a pista foi liberada, mas o rastro do acidente — físico e emocional — vai durar muito mais. A empresa responsável pelo ônibus ainda não se pronunciou, e as famílias dos feridos seguem em angústia, esperando notícias de seus entes queridos.
Uma tragédia dessas serve de alerta pra todo mundo. Não é a primeira e, infelizmente, não será a última — mas cada vida afetada importa. Que as investigações corram com seriedade, e que os responsáveis, se houve negligência, sejam devidamente cobrados.