Era pra ser mais uma quarta-feira comum, sabe? O sol batia forte na Avenida da Saudade, em Itapetininga, por volta das 14h30. O ritmo da cidade seguia seu curso normal — carros, ônibus, o vai e vem de sempre. Até que, em um piscar de olhos, a rotina se transformou em caos.
Um trabalhador, um coletor de materiais recicláveis, cruzava a via. Fazendo o que milhares fazem todos os dias: seu trabalho, essencial para a cidade e muitas vezes invisível. De repente, do nada, uma moto surgiu em alta velocidade. Muito alta. O motociclista, que parecia desviar de outro veículo, não conseguiu evitar a colisão. O impacto foi seco, brutal. O som — nem quero imaginar.
O vídeo de segurança, obtido pelo G1, é de cortar o coração. Mostra tudo. A aproximação descontrolada, o golpe, o coletor sendo projetado para longe no asfalto. E aí vem a pior parte: a moto simplesmente diminui um pouco, hesita por uma fração de segundo, e depois... acelera e foge. Some no horizonte, deixando um homem ferido e sozinho no chão.
O Aftermath e a Busca por Justiça
Felizmente, o socorro não demorou. Uma viatura da Guarda Civil Municipal passava pelo local — que ironia do destino, não? — e prestou os primeiros auxílios. O Samu chegou em seguida e levou o coletor para o Hospital Municipal Helio Montenegro. Ele sofreu escoriações pelo corpo e um traumatismo craniano, mas seu estado é estável. Ufa. Um alívio num dia tão tenso.
Agora, a Polícia Militar está com a missão nas mãos. Eles investigam o caso e buscam o motociclista que cometeu o ato e fugiu sem prestar socorro. O que ele estava pensando? Medo? Pânico? Não importa. Abandonar alguém na rua após um acidente é inaceitável, ponto final.
Se você sabe de algo, qualquer coisinha que seja, pode fazer a diferença. Entre em contato com a PM pelo 190. Anonimato garantido. Às vezes, uma única dica pode fechar este caso.
Esse incidente joga uma luz forte sobre dois problemas enormes: a violência no trânsito e a vulnerabilidade dos trabalhadores que mantêm nossas ruas limpas. Eles merecem respeito e segurança, não serem tratados como obstáculos descartáveis. Precisamos falar sobre isso. Precisamos fazer melhor.
