Fumaça Infernal na SP-333: Incêndio à Beira da Rodovia Causa Colisão Frontal Entre Caminhões e Deixa Rastro de Caos
Incêndio na SP-333 causa colisão frontal entre caminhões

A paisagem bucólica às margens da SP-333, na altura do km 342, se transformou num cenário digno de filme apocalíptico nesta sexta-feira (5). Por volta das 8h da manhã, o que começou como um simples foco de queimada — coisa tão comum nesse período de estiagem — rapidamente se alastrou numa fúria de chamas e fumaça densa que simplesmente engoliu a pista.

E foi aí que o caos se instalou. A visibilidade, que já não era lá essas coisas, despencou para praticamente zero. Motoristas que trafegavam pelo local relatam que foi como dirigir de olhos fechados dentro de um nevoeiro espesso e ardido. Uma situação de pesadelo.

Nesse cenário de trevas alaranjadas, um som seco e metálico ecoou. Era o som do inevitável. Uma carreta e um caminhão, ambos impossibilitados de enxergar qualquer coisa a mais de dois metros à frente, se chocaram frontalmente. A batida foi violenta, daquelas que faz o estômago embrulhar só de imaginar.

Milagrosamente — e é importante destacar isso —, os dois motoristas saíram ilesos. Assustados, é claro, mas sem nenhum arranhão sério. O mesmo não se pode dizer dos veículos, que ficaram com as carrocerias totalmente amassadas, um testemunho mudo da força do impacto.

O Corpo de Bombeiros, que já estava a caminho para combater o incêndio, teve que dividir atenção. Enquanto uma equipe lutava contra as chamas que consumiam a vegetação seca, outra precisou isolar a área do acidente e verificar as condições dos envolvidos. O tráfego na rodovia, obviamente, ficou um verdadeiro inferno por horas, com quilômetros de lentidão e aquela ansiedade típica de quem fica parado no carro sem saber o que aconteceu lá na frente.

Agora, a pergunta que fica no ar, junto com o cheiro de queimado: o que teria iniciado esse fogo? A Polícia Militar Rodoviária ainda investiga as causas do incêndio. A hipótese mais forte, claro, recai sobre a ação humana — uma bituca de cigarro lançada descuidadamente pela janela do carro, ou mesmo uma queima irregular em algum sítio da região que saiu do controle. A natureza, é bom lembrar, está aí, seca e vulnerável, pronta para virar chama com o menor descuido.

Esse evento serve como um daqueles alertas clássicos, mas sempre necessários. É preciso redobrar a atenção ao volante quando se aproximar de uma cortina de fumaça. Reduzir a velocidade drasticamente, ligar o farol baixo e o pisca-alerta, e não tentar ser herói ultrapassando nessa condição. A vida, como se viu hoje, pode depender de uma decisão de alguns segundos.