
Imagine a cena: uma tarde aparentemente tranquila em Cabo Frio transformada em puro caos em questão de segundos. Tudo começou por volta das 15h30 desta sexta-feira, quando uma equipe da PM tentou abordar um indivíduo – que, diga-se de passagem, já era bem conhecido das autoridades – na movimentada Avenida Américas.
O que se seguiu foi uma sucessão de decisões desastrosas. O homem, num ato de extrema imprudência, simplesmente ignorou a ordem de parar. Em vez disso, pisou fundo no acelerador e partiu numa fuga alucinada. A velocidade? Absurdamente alta para uma via urbana. A consequência? Previsível e trágica.
Num piscar de olhos, o veículo em fuga perdeu completamente o controle. O carro capotou violentamente – não uma, não duas, mas várias vezes – antes de vir a repousar de lado, completamente destruído. Testemunhas relataram que o barulho do impacto foi assustador, metálico e seco, seguido por um silêncio perturbador e depois gritos.
As Vítimas: Um Cenário de Comovente Vulnerabilidade
Dentro do carro, uma família inteira foi surpreendida pela brutalidade do acidente. Três adultos e… um bebê. Sim, um frágil bebê de apenas um ano de idade, que por ironia do destino ou infortúnio, estava no banco de trás no momento da colisão.
Os socorristas do Corpo de Bombeiros, que chegaram rapidamente ao local, depararam-se com uma cena dantesca. Todos os ocupantes – incluindo o pequenino – apresentavam ferimentos diversos. Contusões, escoriações, o susto visível nos rostos. Felizmente, e isso é importante destacar, nenhuma das vítimas corria risco de morte imediato.
O condutor, claro, foi detido no local. Entre a fumaça e o vidro quebrado, a polícia não teve dificuldade em algemar o homem de 36 anos, que agora responde não apenas pelos crimes anteriores que motivaram a abordagem, mas também por todo esse novo capítulo de destruição.
O Aftermath: Perguntas que Ficam no Ar
O que leva alguém a arriscar tantas vidas – inclusive a de uma criança indefesa – para evitar uma simples abordagem policial? A pergunta ecoa entre os moradores da região, que já estão familiarizados demais com cenas de violência no trânsito.
Os feridos foram prontamente removidos para unidades de saúde da região. O bebê, cuja imagem frágil no colo de um bombeiro comoveu quem estava por perto, recebeu os primeiros cuidados no Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos. Os adultos foram encaminhados para outras unidades. Todos estão estáveis, respirando aliviados – mas carregando nas memórias o trauma do que viveram.
O caso agora está nas mãos da 134ª DP (Cabo Frio), onde o condutor aguarda as devidas providências cabíveis. Além dos crimes originais, ele responde por resistência à prisão, dano qualificado (aquele carro não era dele, sabia?) e, é claro, expor uma criança a situação de grave risco. Uma conta que, convenhamos, não vai sair barata.
Enquanto isso, na Avenida Américas, o trânsito voltou ao normal. Os faróis quebrados foram varridos, os líquidos vazados, lavados. Mas a lembrança daquele Friday afternoon que quase terminou em tragédia maior… bem, essa vai demorar muito mais para desaparecer.