
Uma manhã comum no Distrito Federal terminou em tragédia desta segunda-feira (1º). O que começou como mais um dia de trabalho se transformou num pesadelo — um ciclista, ainda não identificado, perdeu a vida de forma brutal após ser atropelado por um ônibus. Simplesmente devastador.
O caso aconteceu por volta das 7h30, horário em que o trânsito já está a todo vapor. Testemunhas relataram — com vozes ainda trêmulas — que o condutor do ônibus não percebeu a presença do cicista e seguiu normalmente após o impacto. Sim, você leu certo: seguiu como se nada tivesse acontecido.
E onde foi isso? Bem na EPIA, uma das vias mais movimentadas da capital federal. Quem trafega por lá sabe como é — retas longas, velocidade alta e, muitas vezes, zero respeito com quem está de bike. Um cenário perfeito para desastres.
A cena que ninguém esquece
O Samu chegou rapidamente, mas não havia mais o que fazer. Os socorristas tentaram reanimar a vítima, mas os ferimentos eram graves demais. Ele morreu no local. A Polícia Militar isolou a área e iniciou os trabalhos periciais — agora buscam imagens de câmeras de segurança para localizar o motorista que fugiu. Algo, digamos, covarde.
E não é a primeira vez que algo assim acontece por aqui. O DF registra dezenas de acidentes com cicistas todo ano. Muitos terminam em morte. E a pergunta que fica é: até quando?
O que dizem as autoridades?
O Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) emitiu uma nota genérica — daquelas que a gente já conhece — falando em "investigar as circunstâncias" e "apurar responsabilidades". Enquanto isso, familiares choram e a sensação de impunidade só cresce.
Alguns ciclistas que passavam pelo local pararam. Ficaram ali, em silêncio. Um deles me disse, com os olhos marejados: "Poderia ter sido eu. Poderia ter sido qualquer um".
E de fato poderia.