
Imagine só: você está dirigindo, concentrado no tráfego, quando de repente seu celular escorrega do banco e vai parar lá embaixo, no assoalho. Foi exatamente essa distração, aparentemente banal, que desencadeou uma tragédia no trânsito de São José do Rio Preto. O que acontece a seguir é um daqueles casos que faz a gente pensar: "poderia ter sido comigo".
Segundo a polícia, o motorista de um Honda Fit – um senhor de 74 anos, experiente, diga-se de passagem – se distraiu no volante no exato momento em que seu telefone despencou. Instinto puro. Ele se abaixou para resgatá-lo, e nesse brevíssimo instante de desatenção, seu carro invadiu a contramão na Avenida Bady Bassitt.
E o pior aconteceu. Ele colidiu de frente com uma moto Honda CG 160, pilotada por um jovem de 24 anos. O impacto foi violento. O motociclista foi arremessado e sofreu ferimentos. Felizmente, não foi o pior. Ele foi levado para o hospital, mas seu estado, pasmem, era estável. Que alívio, não?
Os Detalhes que Assustam
O mais intrigante é a sequência de eventos. O idoso não estava usando o telefone para falar ou digitar. Não. O aparelho simplesmente caiu. Um movimento involuntário, quase um reflexo, de querer pegá-lo, foi suficiente para tirar sua atenção da rua. Isso nos faz questionar: quantas vezes quase fizemos o mesmo?
O rapaz da moto, um entregador por aplicativo, estava trabalhando. Ele trafegava pela avenida, numa rotina comum de trabalho, quando sua vida mudou em frações de segundo. O socorro foi acionado rapidamente, e ele recebeu os primeiros cuidados ainda no local antes de ser transportado.
E agora, o que acontece? O condutor do carro foi levado para delegacia. Ele prestou depoimento e, incrivelmente, foi liberado em seguida. A polícia trata o caso como um acidente de trânsito, mas já adiantou que o homem responderá por lesão corporal culposa no trânsito. Ou seja, não teve intenção, mas a negligência foi clara.O caso serve como um alerta severo para todos nós. Às vezes, o perigo mora nos detalhes, num movimento quase automático. Na ânsia de recuperar um objeto, podemos perder o que é mais importante: o controle da situação e a segurança de todos à nossa volta.