Quase dois anos depois daquele dia que chocou o Brasil — sim, você sabe qual — a poeira começa a assentar. A seguradora responsável pelo avião da cantora Marília Mendonça, que caiu na Bahia em 2021, soltou finalmente seu parecer. E olha, não foi exatamente o que muitos esperavam.
Segundo o documento (aquele cheio de juridiquês que ninguém entende direito), a apólice cobria "danos materiais à aeronave". Mas — sempre tem um mas — há uma discussão danada sobre as cláusulas finas. "A análise dos termos contratuais está em fase conclusiva", dizem eles, com aquela linguagem corporativa que dá nos nervos.
O que realmente aconteceu?
O Piper PA-28, que levava a estrela do sertanejo e mais quatro pessoas, despencou próximo ao Pico do Jabre, em Caratinga. Na época, o INMET apontou condições climáticas complicadas — ventania pra chuchu, visibilidade zero. Mas será que só isso explica?
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- Peritos encontraram indícios de manutenção irregular
- Família contesta versão inicial da ANAC
E aí vem a parte que deixa todo mundo com a pulga atrás da orelha: a seguradora alega que "eventos preexistentes" podem invalidar parte da cobertura. O que diabos isso significa? Segundo meu contato lá dentro (que pediu pra não ser identificado), tão querendo dizer que o avião já tinha seus probleminhas antes do contrato.
E as famílias?
Enquanto os advogados brigam por vírgulas nos contratos, os parentes das vítimas seguem naquela angústia sem fim. Dona Ruth, mãe de Marília, disse semana passada no programa da Xuxa — você viu? — que "o dinheiro não traz ninguém de volta, mas a verdade alivia".
O caso tá virando um daqueles exemplos de como o sistema é lento. Dois anos, gente! Até quando as famílias vão ter que esperar por respostas? A Justiça marcou nova audiência pra outubro, mas já adiantaram que pode rolar mais um adiamento — surpresa, né?
No meio dessa novela toda, uma coisa é certa: o vazio que Marília deixou na música sertaneja não tem apólice que cubra. E enquanto os papéis circulam pelos gabinetes, os fãs seguem colocando suas fotos nos altares caseiros, com velinhas e recortes de revista. A justiça das ruas, essa já foi feita: ela virou lenda.
