Tragédia em MG: Motorista bebe por 11 horas e atinge motociclista adolescente
Motorista bebe 11h e mata adolescente em acidente

Imagine só: onze horas seguidas com uma lata na mão e depois decidir pegar o carro. Foi exatamente essa sucessão de decisões catastróficas que levou à morte de um adolescente de 17 anos, na madrugada de segunda-feira, em Uberlândia. Uma história que mistura irresponsabilidade, tragédia e aquele aperto no peito que fica quando a notícia chega.

O motorista — um homem de 46 anos que devia saber muito bem o que estava fazendo — começou sua jornada alcoólica por volta das 13h de domingo e só parou… bem, não parou. Às 23h40, já completamente alterado, entrou no carro e transformou a vida de uma família inteira.

O que a perícia mostrou

Laudos não mentem. O teste do etilômetro apontou 1,34 mg/L de álcool no ar alveolar do condutor. Traduzindo: quase o triplo do limite permitido. Um número frio que esconde uma realidade quente e desesperadora.

E não foi um acidente qualquer. O adolescente — que sequer pode ser identificado porque era menor — trafegava de moto pela avenida Getúlio Vargas, no Bairro Brasil, quando foi atingido em cheio pelo veículo dirigido pelo embriagado. A colisão foi violenta, direta, sem chance de defesa.

Depois do impacto

O que se seguiu foi caos. O motociclista foi arremessado e morreu no local. Nem o socorro, nem os bombeiros, nem nada — só o silêncio pesado que fica depois de uma notícia dessas.

O motorista, é claro, tentou fugir. Mas foi detido pouco depois por testemunhas que viram tudo. Heróis anônimos num dia que não terá final feliz.

Agora, ele responde por homicídio culposo no trânsito. Mas, convenhamos: beber onze horas e depois dirigir é realmente culpa? Soa mais como uma escolha consciente — das piores.

O caso está sob investigação da Polícia Civil. O delegado Marcelo Cássio Silva, da Delegacia de Homicídios, assumu as investigações. E olha, não vai faltar material: imagens de câmeras, testemunhas, laudos, provas.

Enquanto isso, uma família chora um filho que mal começou a viver. E um motorista aprende — tarde demais — que álcool e volante são uma combinação mortal.