Tragédia no Paraná: Idosa de 68 anos morre atropelada ao ir para missa; motorista foge, mas é preso horas depois
Idosa morta ao ir para igreja; motorista foge mas é preso no PR

Não deu tempo nem de chegar à missa. Naquela manhã gelada de domingo, dona Maria — como era conhecida pelos vizinhos — seguia a pé, como sempre fazia, rumo à capela Nossa Senhora Aparecida. Mas o trajeto, que ela conhecia de olhos fechados, terminou em tragédia.

Por volta das 7h30, um carro — modelo ainda não divulgado — avançou sobre a idosa como se ela fosse invisível. Testemunhas contam que o impacto foi tão forte que arremessou a vítima a vários metros de distância. "Parecia um boneco de pano sendo jogado no ar", descreveu um comerciante que pediu para não ser identificado.

Fuga covarde

O motorista? Nem pensou duas vezes. Pisou fundo e desapareceu na poeira da estrada vicinal, deixando a senhora agonizando no asfalto. "Isso não é erro, é caráter", disparou um agente da Polícia Militar que participou das buscas.

Mas a justiça — às vezes lenta, mas raramente falha — trabalhou rápido. Em menos de 5 horas, os policiais já tinham o suspeito encurralado num bairro periférico de Ponta Grossa. O homem, de 32 anos, apresentava sinais de embriaguez e tentou inventar uma história esfarrapada sobre "não ter visto" a vítima.

Rastro de indiferença

O que mais revolta os moradores? A frieza. "Ele podia ter parado, prestado socorro... mas preferiu jogar uma vida no lixo como se fosse lixo", desabafou uma das filhas da vítima, entre lágrimas. A família agora prepara o enterro enquanto aguarda a conclusão do inquérito.

O caso escancara um problema que teima em persistir: a imprudência no trânsito rural. Só este ano, 14 idosos já morreram em circunstâncias similares na região. E a pergunta que não quer calar: quantas vidas precisam ser ceifadas antes que as autoridades tomem medidas concretas?