Tragédia na BR-267: Ex-policial morre após carro despencar de barranco de 50 metros em Juiz de Fora
Ex-policial morre ao despencar de barranco de 50m na BR-267

Era uma manhã como qualquer outra na movimentada BR-267, até que o inesperado aconteceu. Por volta das 9h30 desta segunda-feira (14), um carro saiu da pista e despencou num abismo de 50 metros — altura equivalente a um prédio de 16 andares. O que parecia ser mais um dia comum transformou-se em tragédia.

Testemunhas relataram ter ouvido um barulho ensurdecedor de metal sendo retorcido. "Parecia um trovão seguido de silêncio", contou um motoboy que passava pelo local. Quando chegaram ao local do acidente, os bombeiros encontraram uma cena devastadora: o veículo completamente destruído pela queda livre.

Vítima era policial aposentado

No volante estava um homem de 62 anos, identificado como ex-integrante da Polícia Militar de Minas Gerais. Apesar dos esforços das equipes de resgate — que levaram quase duas horas para conseguir acessar o veículo —, nada pôde ser feito para salvá-lo. "Quando chegamos, já era tarde demais", disse um dos socorristas, visivelmente abalado.

O que causou o acidente? Essa é a pergunta que todos fazem. Investigadores trabalham com três hipóteses principais:

  • Problemas mecânicos no veículo
  • Mal súbito do condutor
  • Falta de atenção na curva perigosa

A BR-267, conhecida pelos moradores locais como "rodada da morte", já foi palco de diversos acidentes fatais nos últimos anos. A curva onde ocorreu o desastre é particularmente traiçoeira — estreita e sem proteção adequada. "Todo mundo aqui sabe que esse trecho é perigoso, mas ninguém faz nada", reclama Dona Maria, dona de um pequeno comércio às margens da rodovia.

Operação de resgate complexa

O Corpo de Bombeiros precisou usar cordas e equipamentos especiais para alcançar o veículo no fundo do barranco. "Foi uma das operações mais difíceis dos últimos tempos", admitiu o tenente responsável pela ação. A inclinação íngreme e a vegetação densa dificultaram o acesso à vítima.

Enquanto isso, o trânsito na região ficou completamente paralisado por mais de quatro horas, formando uma fila de quase 10 quilômetros. Motoristas reclamaram da demora, mas muitos demonstraram solidariedade ao saber da gravidade do ocorrido.

O caso agora está nas mãos da Polícia Rodoviária Federal, que deve liberar um laudo completo nas próximas semanas. Enquanto isso, familiares e amigos se despedem de um homem descrito como "exemplo de profissionalismo" e "pai dedicado".