Radares nas rodovias podem ficar desligados? Corte de gastos ameaça fiscalização de velocidade
Corte de gastos pode desligar radares nas rodovias

Parece que os "pardais" eletrônicos das estradas brasileiras estão com os dias contados — ou pelo menos em modo de espera. O que era para ser um mecanismo de segurança virou vítima da tesourada nos gastos públicos. E olha que não é pouca coisa: estamos falando da possível paralisação de um sistema que, só em 2023, aplicou mais de 3 milhões de multas.

A justificativa? O velho conhecido "ajuste fiscal". O governo federal, na ânsia de cumprir as metas econômicas, decidiu que a fiscalização eletrônica de velocidade pode esperar. Mas será que os motoristas vão entender isso como sinal verde para pisar fundo?

O que está por trás da decisão

Detalhes vazados mostram que o Ministério da Infraestrutura recebeu ordens para congelar 30% dos gastos discricionários. Traduzindo: serviços considerados "não essenciais" estão na mira. E adivinhe só? A manutenção dos radares caiu nessa categoria.

  • Contratos de calibração em risco
  • Equipes de manutenção reduzidas
  • Novas instalações adiadas sine die

Um técnico do DENATRAN, que preferiu não se identificar, soltou a franga: "Já estamos operando no modo emergencial desde maio. Se cortarem mais, vira bagunça generalizada." Não é para menos — alguns estados já reportam falhas intermitentes nos sistemas.

E a segurança, fica onde?

Aqui é que a porca torce o rabo. Enquanto o governo economiza alguns milhões, estudos do Observatório Nacional de Segurança Viária mostram que:

  1. Pontos com radares têm 43% menos acidentes graves
  2. A redução média de velocidade chega a 15 km/h
  3. O custo hospitalar cai pela metade nessas áreas

Parece contraditório? Bem-vindo ao Brasil, onde o remédio às vezes dói mais que a doença. O pior é que, sem manutenção, os equipamentos viram "caça-níqueis" descalibrados — situação que já rendeu processos judiciais em três estados.

Enquanto isso, nas rodovias federais, a galera já está comemorando nas redes sociais: "É hora de acelerar sem medo!" Será que vão perceber a diferença entre economia e irresponsabilidade só quando os hospitais lotarem?