
Uma madrugada de sexta-feira que começou como qualquer outra terminou em tragédia nas curvas perigosas da SP-215. Por volta das 3h30, o silêncio da estrada que liga São Carlos a Dourado foi quebrado por um estrondo ensurdecedor - aqueles que ouviam lembrariam depois do som de metal contra metal, algo que nunca realmente esquecemos.
Testemunhas que passavam pelo local do acidente - km 48, para ser exato - relataram uma cena de caos completo. Dois veículos absolutamente destruídos, um caminhão de carga e um carro de passeio, entrelaçados de maneira quase irreconhecível. Como esses pedaços de metal um dia foram veículos funcionais? Difícil de acreditar.
Os bombeiros chegaram rapidamente, mas algumas batalhas já estão perdidas antes mesmo de começarmos a lutar. Uma pessoa, ainda não identificada oficialmente, não resistiu aos ferimentos. Três outras almas tiveram um pouco mais de sorte - se é que podemos chamar de sorte - e foram levadas às pressas para o Hospital Municipal de Dourado.
O que sabemos até agora?
Detalhes são escassos, como sempre nessas horas. A Polícia Militar Rodoviária está no local tentando desvendar exatamente como essa tragédia aconteceu. Estradas escuras, talvez cansaço, talvez um momento de distração - quantas histórias similares já ouvimos?
O trânsito precisou ser parcialmente interrompido enquanto os peritos faziam seu trabalho meticuloso. Quem depende dessa rodovia para trabalhar ou estudar conhece bem esses transtornos - hoje, porém, o preço foi infinitamente mais alto que alguns minutos de atraso.
E agora?
As investigações continuam, é claro. A estrada já foi liberada, mas as marcas no asfalto - e nas famílias envolvidas - permanecerão por muito tempo. Quantas vezes precisaremos repetir que dirigir exige atenção total? Parece mensagem batida, até que o inesperado acontece na curva logo adiante.
O corpo da vítima fatal foi encaminhado ao IML de São Carlos. As três pessoas feridas seguem hospitalizadas - torcemos para sua recuperação, embora saibamos que algumas dores vão muito além dos físicas.