
Parece que a estrada virou terra de ninguém. Uma megaoperação de fiscalização, daquelas que botam o dedo na ferida, acabou de revelar um retrato assustador do que realmente acontece nas nossas rodovias. E olha, não é nada bonito.
Quase metade dos caminhões parados — pasmem — estavam carregando bem mais do que deveriam. Não é exagero: 46,5% dos veículos pesados estavam com excesso de peso. Quase um em cada dois. Dá pra acreditar?
O Perigo que Rola sobre Rodas
E não é só uma multinha que resolve. Um caminhão acima do limite é uma bomba-relógio. Os pneus ficam sob pressão absurda, o sistema de freios pode falhar — e falha mesmo — e o risco de um acidente grave dispara. Imagina um tombamento numa curva ou uma freada brusca que não funciona. Aí, meu amigo, o estrago é certo.
E tem mais: o asfalto sofre, as pontes se desgastam, a manutenção fica mais cara para todo mundo. Quem paga a conta? No final das contas, somos nós, os contribuintes.
Multas, Apreensões e Muita Conversa Fiada
A operação, que rolou em vários estados, aplicou mais de 3.500 multas. Quase 400 caminhões foram retidos até regularizarem a situação. Teve até caso de motorista tentando argumentar que "só um pouquinho a mais" não faria mal. Só que faz, e muito.
Os fiscais ouviram de tudo: desde o clássico "é a primeira vez" até justificativas criativas sobre pesagem errada no início da viagem. Mas a balança não mente. E nas estradas, meus amigos, a matemática é cruel.
Além do Peso: Outras Irregularidades
E como se não bastasse o excesso de carga, a fiscalização encontrou outros problemas sérios:
- Documentação fora do prazo — muita gente dirigindo com licença vencida;
- Itens de segurança comprometidos — extintor que não funciona, lanternas queimadas;
- E, claro, a velha e perigosa prática de mexer no celular enquanto dirige.
Parece que tem gente que ainda acha que dirigir um monstro de várias toneladas é como pilotar um carrinho de brinquedo.
E Agora, o Que Fazer?
A PRF já avisou: a fiscalização não vai dar trégua. A operação é contínua e vai pegar pesado — sem trocadilho — com quem insiste em burlar a lei. A ideia não é só multar, claro, mas conscientizar. Porque no fim do dia, segurança nas estradas é coisa séria.
E aí, será que a gente vai aprender? Porque uma coisa é certa: quando um caminhão desses se envolve num acidente, não tem "foi sem querer" que valha. O preço pode ser alto demais.