Não é exagero dizer que a BR-080 está ganhando um triste apelido: "Rodovia da Morte". Só neste ano, dez pessoas já perderam a vida nesse trecho que corta o Distrito Federal — e o pior? A sensação é que ninguém parece surpreso com isso.
Os números são de arrepiar. Desde 2020, mais de 50 mortes foram registradas ali. E olha que estamos falando de uma via que, teoricamente, deveria ser moderna — mas que na prática virou um verdadeiro campo minado para motoristas desavisados.
O que tá pegando na BR-080?
Conversamos com quem vive ali perto, e os relatos são unânimes:
- Pavimento irregular que parece ter sido feito de colcha de retalhos
- Sinalização tão desbotada que mais parece arte abstrata
- Curvas perigosas que surgem do nada, como num filme de terror
E tem mais: o tráfego pesado de caminhões — muitos em condições duvidosas — transforma a rodovia numa roleta-russa. Só na última semana, dois acidentes graves envolveram veículos de carga.
E as autoridades?
Pois é... O Detran-DF prometeu "medidas urgentes" no começo do ano, mas até agora o que se vê são promessas voando pela janela. Enquanto isso, os moradores fazem vigílias e protestos — alguns até colocaram cruzes no acostamento como memorial.
"É sempre a mesma história: acidente, comoção, promessa, esquecimento", desabafa um comerciante da região, que prefere não se identificar. Ele já perdeu as contas de quantas batidas presenciou.
Dá pra evitar?
Especialistas em trânsito apontam três medidas que poderiam mudar esse cenário:
- Radares inteligentes que realmente funcionem (e não só arrecadem)
- Fiscalização rigorosa nos pontos críticos — de dia e de noite
- Campanhas de conscientização que falem a língua do motorista
Mas enquanto isso não acontece, o jeito é redobrar a atenção. Afinal, como diz o ditado: "No trânsito, sua vida vale mais que cinco minutos". Só que na BR-080, parece que muita gente esqueceu disso.
