Era pra ser mais um dia normal naquele trecho da GO-164, mas o que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 5, vai deixar uma marca permanente na memória de quem passou por lá. Por volta das 7h30, o silêncio da estrada foi quebrado por um estrondo seco — o som de metal contra metal que ninguém quer ouvir.
Dois veículos, um Hyundai HB20 e uma Ford Ranger, colidiram frontalmente. O impacto foi tão violento que a cena parecia saída de um filme de terror. Testemunhas que chegaram primeiro disseram que era difícil até distinguir as carroças dos carros.
Dentro do Hyundai, uma família inteira. Um casal jovem e sua filha, uma bebê que mal havia começado a conhecer o mundo. Todos eles, tragicamente, não resistiram. O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas às vezes rápido não é o suficiente — a vida escorre entre os dedos mesmo quando você está correndo contra o tempo.
As vítimas foram identificadas como:
- José Ricardo da Silva, 38 anos (o pai)
- Maria Aparecida Santos, 35 anos (a mãe)
- Sophia da Silva, de apenas 1 ano e 3 meses (a filha)
Do outro lado, na caminhonete, estava um homem de 54 anos. Ele sobreviveu — com ferimentos, é verdade, mas vivo. Foi levado às pressas para um hospital em São Luís dos Montes Belos. Ninguém sabe ainda o que exatamente causou a batida, mas a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) já abriu investigação.
A GO-164 ficou completamente interditada por mais de cinco horas. O trânsito parou, formou-se uma fila quilométrica, e o que era rotina virou um caos. Só por volta das 13h a estrada foi liberada, mas o clima pesado permaneceu.
Não é a primeira vez
Quem trafega com frequência por aquela região já sabe: a GO-164 é traiçoeira. Trechos sinuosos, ultrapassagens arriscadas e uma sensação constante de que algo pode dar errado. Esse não é o primeiro acidente grave por lá, e infelizmente parece não ser o último.
O que resta agora é tentar entender o que aconteceu. A perícia vai examinar os veículos, a via, conversar com a testemunha… Mas algumas perguntas talvez nunca tenham resposta. Como uma família inteira some assim, de repente, num dia que começou como qualquer outro?
Uma tragédia dessas faz a gente pensar na própria vida. Na sorte — ou na falta dela. No quanto tudo pode mudar em um segundo. E no vazio que fica quando vidas tão jovens são interrompidas de forma tão brutal.
