O silêncio da madrugada de domingo em Piracicaba foi brutalmente interrompido por um cenário de absoluto caos. Por volta das 3h30, o trecho da SP-304, conhecido como Rodovia Luiz de Queiroz, tornou-se palco de uma das maiores tragédias recentes no trânsito da região.
Segundo as primeiras informações que corriam soltas entre os bombeiros – um verdadeiro quebra-cabeça doloroso de montar –, tudo começou com uma colisão frontal. Um Palio de cor escura, talvez preto ou azul-marinho, e um Ônix branco se chocaram com uma força brutal. E aí, para completar o pesadelo, uma motocicleta Honda CB 500F que estava no local foi arrastada para o meio do conflito de aço.
O saldo, francamente, é de cortar o coração: cinco pessoas mortas ali mesmo, no asfalto ainda escuro. Duas outras foram levadas correndo para o pronto-socorro. Uma delas em estado considerado gravíssimo – a vida pendendo por um fio.
O Trabalho nos Escombros
O resgate foi daqueles de tirar o fôlego. Três viaturas do Corpo de Bombeiros, uma turma do Samu e várias equipes da Polícia Militar rodoviária travaram uma batalha contra o tempo. Imagina só: ferragens retorcidas, vidros estilhaçados por todo lado e o silêncio pesado só quebrado pelo rádio dos socorristas.
Eles trabalharam por horas. Horas. A pista sentido Piracicaba foi fechada completamente, é claro, criando um enorme congestionamento enquanto os peritos tentavam entender o que diabos havia acontecido naquela curva.
E Agora, José?
A pergunta que fica, e que todo mundo faz mas ninguém sabe responder direito, é: como isso foi acontecer? Uma rodovia movimentada, mas não exatamente uma via expressa maluca. Seria ultrapassagem mal calculada? Excesso de velocidade? Distração com o celular? Sono? O fato é que cinco famílias inteiras foram arrasadas num piscar de olhos.
Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados – a polícia precisa primeiro localizar e avisar os parentes. Uma tarefa das mais angustiantes, convenhamos.
Enquanto isso, a cidade acordou com a notícia e um misto de choque e aquela familiar tristeza. Porque todo mundo já viu cena parecida, infelizmente. E a gente sempre pensa: "poderia ter sido comigo". E segue em frente, mas com um frio na espinha.
