UPA Moacyr Scliar em Porto Alegre enfrenta superlotação com surto de doenças respiratórias
UPA em Porto Alegre lotada com surto respiratório

Não é brincadeira: quem passou pela UPA Moacyr Scliar nos últimos dias quase não acreditou no que viu. Filas que pareciam não ter fim, gente tossindo pra todo lado, crianças com febre no colo das mães — um verdadeiro caos na saúde pública de Porto Alegre.

Segundo relatos de quem estava lá, o movimento triplicou em comparação com o mesmo período do ano passado. "Cheguei às 7h e só fui atendido depois do almoço", contou um senhor que preferiu não se identificar, enquanto assoava o nariz com um lenço já meio esfarrapado.

O que está por trás desse surto?

Médicos da unidade apontam três vilões principais:

  • As oscilações climáticas malucas da última quinzena
  • A baixa umidade do ar que teima em não dar trégua
  • E, claro, aquela velha conhecida nossa: a gripe sazonal

Não bastasse isso, parece que os vírus resolveram fazer uma convenção na capital gaúcha. "Estamos vendo casos de influenza, rinovírus e até alguns de COVID-19", explicou uma enfermeira que já perdeu as contas de quantos termômetros quebrou nessa correria.

E a estrutura, como fica?

Pois é... A UPA, que já opera no limite em dias normais, virou um verdadeiro "saco de gatos" — com o perdão da expressão. Leitos improvisados nos corredores, profissionais de saúde com cara de quem não dorme há dias, e aquela sensação de que a qualquer hora pode faltar algo importante.

"Tivemos que priorizar os casos mais graves", admitiu um médico entre um café e outro. E os outros? Bem... Pacientes com sintomas leves estão recebendo orientações básicas e sendo liberados mais rápido do que se imaginaria.

Enquanto isso, no balcão de atendimento, a cena se repete: "É só uma alergia? Volte amanhã se piorar". A frase já virou quase um mantra entre os recepcionistas.