Eis que a Prefeitura de Sorocaba resolveu botar as cartas na mesa — ou pelo menos algumas delas. Na última quarta (7), soltaram os tão aguardados números sobre a fila da saúde no município. Mas calma lá, que a festa não foi completa.
O Ministério Público, sempre de olho, já veio com o pé atrás: "Tá faltando coisa aí, gente". Segundo os promotores, os dados entregues parecem mais um quebra-cabeça com metade das peças sumidas. E olha que ninguém ali é bobo — quando o assunto é saúde pública, meia palavra não basta.
O que a Prefeitura jogou no ventilador
Os números oficiais — se é que podemos chamar assim — mostram que:
- Mais de 3 mil pessoas aguardam por consultas especializadas
- Cirurgias eletivas? Uma fila que não acaba mais
- Exames complexos são o calvário de quem precisa com urgência
Mas aí vem o pulo do gato: o MP garante que esses números são só a ponta do iceberg. "Cadê os dados dos últimos seis meses?", questionam. Parece que alguém esqueceu de fazer a lição de casa direito.
O outro lado da moeda
A administração municipal, é claro, não ficou quieta. Dizem que fizeram o possível com o que tinham — e que a culpa, em parte, é do sistema que "às vezes engasga". Convenhamos, não é a primeira vez que ouvimos essa desculpa, né?
Enquanto isso, Maria da Silva, 58 anos, espera há quase um ano por uma ressonância. "Cansei de ouvir promessa", desabafa, enquanto segura receitas amareladas. Casos como o dela são o retrato de um sistema que vive no limite.
E agora, José?
O MP deu prazo até o fim do mês para a Prefeitura completar o quebra-cabeça. Se não encaixarem as peças faltantes, a coisa pode ficar feia. Multa? Talvez. Ação judicial? Quem sabe.
Enquanto os números não fecham direito, a população fica no famoso "será que vem, será que não vem". Saúde pública não é jogo de adivinhação — ou pelo menos não deveria ser.
