
Imagine passar por uma cirurgia de rotina e, meses depois, descobrir que parte do equipamento médico ficou dentro do seu corpo. Foi exatamente o pesadelo vivido por um paciente do sistema público de saúde do Distrito Federal. A broca — sim, aquela ferramenta que lembra um troféu macabro de incompetência — resolveu fazer residência permanente na perna do homem.
Detalhe que ninguém percebeu na hora. Só veio à tona quando as dores insuportáveis começaram a dar as caras, obrigando o coitado a voltar correndo ao hospital. E olha que não foi coisa de dias... estamos falando de meses de sofrimento evitável.
O preço da negligência
A Justiça, diga-se de passagem, não ficou nada satisfeita com essa trapalhada médica. O Tribunal de Justiça do DF condenou o governo local a pagar uma bela indenização — estamos falando de R$ 30 mil só em danos morais, além dos gastos com tratamentos extras que o cidadão teve que bancar do próprio bolso.
Os desembargadores foram categóricos: "Há evidente negligência na prestação do serviço público de saúde". Traduzindo: fizeram corpo mole onde deviam ter atenção redobrada.
E agora, José?
O caso levanta questões que dão nó na cabeça de qualquer um:
- Como é possível esquecer um objeto desses dentro de um paciente?
- Quantos "erros" assim passam despercebidos por aí?
- Será que a indenização cobre o trauma de saber que você virou depósito de ferramentas cirúrgicas?
Pior que essa história tem gosto de déjà vu. Não é a primeira vez — e provavelmente não será a última — que a saúde pública dá vexame com esse tipo de descuido. A diferença é que, desta vez, pelo menos o paciente não saiu completamente no prejuízo.
Enquanto isso, fica o alerta: se você fez alguma cirurgia e sente dores inexplicáveis, melhor correr para um raio-X. Nunca se sabe que "lembrancinha" médica pode ter ficado para trás...